tag:blogger.com,1999:blog-144221022024-03-14T17:44:56.068+00:00Mas o Rei vai nu !<i>Strip-tease da cultura dominante</i>Unknownnoreply@blogger.comBlogger296125tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-12446607701315977302016-09-12T14:03:00.000+01:002016-09-12T14:03:33.479+01:00Um outro 11 de Setembro <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Em 11 de Setembro de 1683, os turcos estavam às portas de Viena, no coração da Europa. O objectivo final do comandante otomano, Mustafá Kará (o Escuro), era cair sobre Roma e transformar a Basílica de São Pedro numa mesquita, como já haviam feito com inúmeras outras igrejas, nomeadamente <em>Hagia Sofia</em>. O frade veneziano Marco d'Aviano, um <em>capuchinho</em> beatificado por João Paulo II em 2003 e o rei lituano-polaco Jan Sobieski foram determinantes no insucesso da ofensiva oriental.</div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwKVVGhql4bejwXm_x886ewb2Ov1rWkuDciCHVunWTmvEfOXkaSEf1umav9ZtQGHE54xGAKCXqYUNU' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<strong></strong><br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-31764334419861723092014-04-09T00:00:00.000+01:002014-04-09T00:00:19.968+01:00O descaramento<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKkETVvyz_J5YKcAq4Moar_Iy18vXI7BVPJtlhCdxOIVD5E3o7DQnrtH1sSh4EZ14Hsl9mmgoxHNQn4UXSRpGaFpt2oOurloiHKPNrFBFtfOF7zontewurS4aQ8ykimhBHsfkOAA/s1600/manguito2ff.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 288px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKkETVvyz_J5YKcAq4Moar_Iy18vXI7BVPJtlhCdxOIVD5E3o7DQnrtH1sSh4EZ14Hsl9mmgoxHNQn4UXSRpGaFpt2oOurloiHKPNrFBFtfOF7zontewurS4aQ8ykimhBHsfkOAA/s400/manguito2ff.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5560536013633265250" /></a>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-56991636218439411802014-04-08T23:45:00.000+01:002014-04-08T23:45:08.032+01:00
De regresso para comemorar os 40 anos de Abril com um ramalhete de memórias.<p>
<center> <h12>AS <i>CONQUISTAS </i>DE ABRIL</h12></center><p>
<p align="right"> 1. <i>A longa sesta de Abril</i></p> Com o <i>vinte e cinco do quatro </i>e o triunfo da euforia <i>antifascista</i>, as ocupações selvagens de ministérios e empresas trouxeram o caos ao já de si frouxo tecido produtivo nacional. Com <i>o 11 de Março</i>, a coisa acelerou e avançou-se tendencialmente para a <i>estalinista</i> fórmula de colectivização forçada das fontes de produção, agrárias e industriais, apesar das hostes hegemónicas do PREC nunca terem conseguido desmantelar todas as pequenas e médias empresas privadas. As estruturas associativas dos trabalhadores foram tomadas de assalto pelos comunistas do já rançoso império soviético, criando uma hegemonia quase total na expressão sindical. O <i>25 de Novembro </i>recuperou o conceito <i>leninista </i>do <i>capitalismo de Estado </i>com toda a sua panóplia de empresas públicas, controladas por uma rede clientelar de ascendidos <i>gestores públicos</i>, graduados de <i>aviário</i>, a coexistirem com um vulnerável sector privado, fortemente dependente da boa vontade e generosidade de um Estado, tomado de assalto e guiado a <i>caminho do </i><i>socialismo</i>.<p>
Na segunda metade dos anos oitenta, o hegemónico <i>bloco central </i>lançou-nos na aventura da Europa. Digo aventura, porque, tal como muitas outras decisões políticas, a opção não correspondeu a uma estratégia nacional, estudada e pensada, mas a um acto de fuga e ruptura com o passado, sem respaldo na anuência ou na consciência dos portugueses. E a prepotência de uns quantos deslumbrados, aliada à irresponsável cumplicidade dos <i>oxalá-teiros </i>e dos figurões do <i>centrão</i>, <i>wannabes</i> sociais e <i>bourgeois-bohémiens </i>culturais, conduziu ao sedutor fado do <i>Vamos por aqui e seja o que Deus </i>(ups!) quer dizer, seja o que Destino (ou Bruxelas) <i>quiser</i>. Ufana do caminho traçado que lhe permitia cruzar-se, e ombrear uns prestigiantes <i>ça va?</i>, com fulano Delors e cicrano d’Estaing, a elite cá da terrinha punha-se em bicos de pés para as <i>fotografias de família</i>, ao lado de gente que até aí apenas vislumbrara nas pantalhas televisivas… ou nas revistas do avião quando fora às Canárias passar um fim-de-semana <i>de trabalho </i>com a secretária. <p>
Parafraseando o velho Relvas, o de outros tempos, <i>o país era de todos mas o Estado era para os antifascistas</i>. E no meio de <i>embrulhos </i>demagógicos e de <i>Mercedes</i> tecnocráticos, a casta de aprendizes de plutocrata era constantemente engordada com <i>resmas</i> de reconvertidos, de <i>pés-frescos </i>e de <i>ex-qualquer-coisa-do-marxismo-ao-maoísmo-e-até-da-extrema-direita-arrependida</i>. O povo que fizesse manguitos e que chuchasse no que pudesse, e sobretudo que não chateasse quem só lutava pelos<i> seus </i>interesses. Não havia razões para que as gentes se preocupassem pois afinal não estavam no poder aqueles que sabiam o que era melhor para o <i>people</i>? Bem vistas as coisas, se, em nome <i>dos mais altruístas interesses da Humanidade</i>, até se atreviam a arriscar o ridículo de serem apanhados de avental florido num urinol de um qualquer <i>hotel a Oriente de Lisboa</i>, como poderia alguém criticá-los? Que não se preocupasse o povo com referendos, nem com coisa nenhuma. Soberania? O que era isso? <i>Clichés</i> do tempo da <i>outra senhora</i>. Agora tudo era relativo! Estivessem todos muito sossegadinhos que eles tratavam de tudo; nem era preciso assinar.<p>
Deambulando pelas europas, pavoneando-se com estatuto de sócio de <i>country club </i>de restritíssimo acesso, entre o embuchar de dois bocados de <i>apfelstrudel </i>biológico, lá iam falando da parentela lusa, lamentando-a como uma cambada de simplórios, uns mal-agradecidos, que havia que ignorar e, se necessário, meter na ordem. Em nome dos superiores interesses da Europa, a <i>nossa nova pátria</i>, os neófitos <i>zelotas</i>, para <i>marcar pontos</i>, lá tiveram que rematar e amortalhar a agricultura e as pescas de uns incorrigíveis labregos, incapazes de acompanhar o <i>desenvolvimento </i>dos <i>senhores</i> que nos concediam a finesa de se declararem nossos<i> manos</i>. Convertidos aos novos <i>ventos de modernidade </i>libertados pela <i>queda do Muro</i>, lá deram uma volta de colher na liberal salada plutocrática que juntava agora os novos <i>cabos</i> e <i>furriéis</i> <i>empresários</i>, e <i>gestores</i>, com os <i>tenentes</i> e <i>capitães da indústria </i>do <i>tempo do fascismo</i>, devidamente temperada pelos advogados da ribalta. E assim deram início a um obscuro programa de privatizações das empresas <i>intervencionadas</i>, uma boa oportunidade de negócios para a <i>malta do clube</i>, displicentemente benzida pelos novos patrões em Bruxelas.<p>
Para calar as vozes, a<i> generosa </i>Europa lá abriu os cordões à bolsa e enviou uns patacos para distribuir pelo pagode. A casta rejubilou, segura de que <i>quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não é da Arte</i>. E aos <i>fumos</i> das últimas patacas de Macau juntavam-se agora os filões dos fundos; uns, ditos <i>sociais</i>, chamados outros <i>infraestruturais</i>. E se alguém, timidamente, lembrava que <i>quando a esmola é grande o pobre desconfia</i>, caíam-lhe em cima com o porrete da opinião publicada, vilificando-o como <i>pobre de espírito </i>ou desqualificando-o como <i>indigente mental</i> ao serviço da <i>reacção</i> e da<i> clericalha</i>. Para melhor desviar atenções inconvenientes, as <i>forças vivas</i> do poder apelaram à tradicional aptidão lusitana para as matemáticas e <i>os problemas mais bicudos</i>, isto é, de menor ângulo, passaram a ser tratados <i>em mesas redondas </i>animadas por <i>bestas-quadradas</i>, aspirantes diferenciais do 33º grau. Nos <i>escritórios</i> das <i>empresas, fundações e associações </i>que, como cogumelos após Primavera regada, surgiram na hora certa, no local ajeitado, o tal influxo de notas finas até provocou <i>bolhas</i> de tanto contar a nova moeda <i>êurica</i>. E os <i>senhores do poder</i>, em total parasitismo com o Estado com o qual já se confundiam, convenceram-se de que o filão era inesgotável e vá de dar<i> esmolas </i>extra aos <i>pobres afilhados </i>que foram locupletados com um sem número de empregos e benesses ditas <i>sociais</i>. Que, a breve trecho, os desventurados que não podem deixar de pagar impostos passaram a ter de cobrir enquanto a <i>fina flor do entulho</i> despesista, viciada em crédito, se enrolava em promíscuos jogos de <i>swing </i>partidário.<p>
Apaziguadas as hostes de baixo com <i>Pão e Circo </i>para entreter <i>a Cidade</i>, ficaram assim garantidos os votos necessários para escorar o <i>sistema</i> da <i>Situação</i>. Com um <i>capo</i> convencido de que era <i>a última coca-cola do deserto</i>, a casta, desbragada pela impunidade, decide então avançar com a aplicação <i>simplex</i> do novo conceito económico de <i>Carteirismo de Estado</i>. E os seus <i>gestores</i> saíram-se tão bem que o país ficou exangue e à beira da bancarrota. Os nossos <i>amigos da onça </i>europeus, preocupados com a resolução dos créditos que nos haviam concedido nos seus areópagos financeiros, destinados na maior parte à adjudicação das obras faraónicas a que nos obrigavam, assustaram-se finalmente com o regabofe. E sem qualquer rebuço democrático lá nos carimbaram com o rebaixado <i>ranking</i> de <i>vice-república</i>, a ser governada por uma peripatética trindade, a que os mais saudosos das coisas do Leste gostam de chamar <i>Troika</i>. <p>
O executivo votado pelo povinho foi então paternalisticamente empossado na figura de <i>factótum</i>, circunscrito essencialmente às tarefas de um <i>publicano</i> arrecadador de impostos. A casta, fiada na protecção do seu <i>escudo invisível</i>, retraiu-se mas lá manteve o <i>business as usual</i>, raspando com <i>Energia</i> as migalhas no fundo do tacho. O povão, acordando estremunhado da <i>longa sesta de Abril</i>, acrisolado pelo <i>elevado</i> espírito cívico que a <i>Nova Educação </i>lhe injectara, quando questionado pelo <i>tribunal da História </i>com um <i>Então e agora?</i> aos costumes disse:<i> Nada! Eles já não dão nada, só roubam …</i> E, ao que tudo indica, prepara-se mesmo para chamar de volta a experimentada <i>pandilha cor-de-rosa</i> que nos trouxe à beira do abismo. Com ela, é certo e Seguro que daremos um passo em frente. Assim com’ assim, <i>o futuro que se lixe …
</i>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-6987480675213782742010-08-25T16:23:00.002+01:002010-08-25T16:28:38.432+01:00Quando a nostalgia aperta...<OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-dc61bf66c7f13fe7 height=266 width=320 contentId="dc61bf66c7f13fe7"></OBJECT><br /><br /><br />O Zé de negro <EM>moustache </EM>introduzido pela Moura Guedes?! <br /><br /><br /><br /><EM>Nota bene</EM> para um Azinhal: Eu sei que te inspiras na máxima <EM>Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão</EM> mas não te estiques...Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-86839413973931101972010-07-21T11:59:00.002+01:002010-07-21T12:00:40.848+01:00Depois do Cavácrates o Passácrates<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKTYHnh3zWEvlMTauAy00v2AuSh-XU_ZBGeRkJabNVc6tYEGOnTSEEla3xJxK3XhtCDrc7BuJQhKFshZtYEhs395GFORp4U4RvRpSBpHK6ZmeM-OScLuhJguymTm1RIlmjYKBuUQ/s1600/coelh%C3%A1crates.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 266px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKTYHnh3zWEvlMTauAy00v2AuSh-XU_ZBGeRkJabNVc6tYEGOnTSEEla3xJxK3XhtCDrc7BuJQhKFshZtYEhs395GFORp4U4RvRpSBpHK6ZmeM-OScLuhJguymTm1RIlmjYKBuUQ/s400/coelh%C3%A1crates.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496312672438394690" /></a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-46202975176455993332010-06-30T12:21:00.002+01:002010-06-30T12:42:02.311+01:00Os chineses e o futuro da EuropaNão é novidade mas não deixa de ser esclarecedor...<br /><OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-ac2092ebcd99cf45 height=266 width=320 contentId="ac2092ebcd99cf45"></OBJECT>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-33665292326712670552010-06-17T12:19:00.004+01:002010-06-17T12:38:21.912+01:00PEPPONE NACIONALISTA!?Estimulado por um velho amigo, resolvi mostrar-vos o que a memória <EM>del Piave</EM> pode fazer a um empedernido comuna...<br /><br /><OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-de110cd260b09359 height=266 width=320 contentId="de110cd260b09359"></OBJECT><br /><br />Extracto do filme <em><strong>Don Camillo e l'onorevole Peppone</strong></em>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-80288109420815098142009-12-10T21:19:00.004+00:002009-12-10T21:42:24.796+00:00O Patria, o mores Tirando os <em>impérios de além mar </em>que já se foram na tempestade de Abril e as <em>libras</em> agora transformadas em <em>euros</em>, como é actual a profecia de Guerra Junqueiro aqui lembrado pelo saudoso M. Filomeno.<br /><br /><table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/9a0994c5-9375-4bc5-acd4-b1004be2d8ea&theName=FiloPatriaextracto&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=9a0994c5-9375-4bc5-acd4-b1004be2d8ea"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/9a0994c5-9375-4bc5-acd4-b1004be2d8ea/FiloPatriaextracto/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-80867839406583805922009-11-20T13:37:00.013+00:002009-11-20T15:45:51.535+00:00REQUIEM POR JOSÉ ANTONIO PRIMO DE RIVERAPara o José Luis O., o José Luis R. e o Ricardo Y., amigos e camaradas do mesmo <em>ethos</em> mesmo que com <em>praxis </em>diferentes.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMTJRGk-egplaxV8h1_nzlDqu547ZvZlSRm_piYVfW68dg-dSxh4-MeqsZnB6c7Cx8F3U3_uG98Q-dUMVRSBkJd9uXMenaS4eaWkZ76mLXy1jDZFbmxAlXcFJXnMmwmxnO3Hbltg/s1600/joeantonio32.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 85px; height: 130px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMTJRGk-egplaxV8h1_nzlDqu547ZvZlSRm_piYVfW68dg-dSxh4-MeqsZnB6c7Cx8F3U3_uG98Q-dUMVRSBkJd9uXMenaS4eaWkZ76mLXy1jDZFbmxAlXcFJXnMmwmxnO3Hbltg/s400/joeantonio32.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5406181309957040370" /></a><br /><table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/855f12ef-92e6-49d8-bf7d-750dbabc2a12&theName=Cara_al_Sol+&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=855f12ef-92e6-49d8-bf7d-750dbabc2a12"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/855f12ef-92e6-49d8-bf7d-750dbabc2a12/Cara_al_Sol+/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table><br /><em>mi gentil capitán Rodrigo</em><br />fuzilado em Alicante a 20 de Novembro de 1936 pelos ascendentes do Sapateiro e, de novo, re-assassinado <em>in Memoriam</em> sob o plácido (ou quiçá bovino) olhar burbónico.<br /><br />José Antonio Primo de Rivera y Sáenz de Heredia (1903-1936), filho do ditador Gen. Miguel Primo de Rivera , era um advogado madrileno que, associado a outros jovens, inconformados com a permanente oposição entre as forças de esquerda e de direita, tentou um caminho, dito de terceira via, que satisfizesse por um lado, a ânsia de Pão e Justiça Social do povo espanhol e, por outro, garantisse a Autoridade necessária à manutenção da Paz e da Unidade de Espanha. Em 1933 era formalmente apresentada no Teatro de la Comedia, em Madrid, a Falange Española. Como oradores - fundadores deram a cara o Prof. García Valdecasas, o consagrado aviador Ruíz de Alda e José António. Inconformados com a aparentemente inelutável oposição dicotómica entre Esquerda e Direita, cuja superação dialéctica propunham, e ansiosos por restaurar para Espanha o prestígio dos tempos áureos, criaram uma forte dinâmica política que atraiu jovens estudantes e intelectuais que não se reviam nem no marxismo nem no conservadorismo reaccionário.<br />Após a fusão com as Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista, de Ledesma Ramos e de Onésimo Redondo, surgiu em 1934 a organização política Falange Española de las JONS. Diversas referências contribuíram para esta formação política. Sindicalistas socializantes como Ramiro Ledesma Ramos, activistas católicos e ruralistas como Onésimo Redondo, defensores de um estado autoritário e imperial como Maeztu, etc., estiveram na origem daquela que viria a ser a organização política mais marcante nas hostes apoiantes do futuro Levantamento militar. Ortega y Gasset foi uma das principais, se não mesmo a principal, referência filosófica da Falange, apesar dos problemas pessoais que inicialmente teve com José António, derivados da crítica feroz que o pensador fizera a seu pai, o ditador Primo de Rivera. Entraram então, pouco a pouco, muitos elementos militares, operários e trabalhadores rurais, alguns dos quais ex-anarquistas, consolidando cada vez mais uma política revolucionária e um caminho sui generis. <br />Após a fusão do movimento que criou, a Falange Española, com as J.O.N.S., José António viria a tornar-se no chefe nacional da nova organização. Detido em Março de 1936 como consequência do Decreto que ilegalizou a F.E. de las J.O.N.S., promovido pela maioria da Frente Popular eleita no mês anterior, foi encarcerado, primeiro em Madrid e depois em Alicante (desde 5 de Junho), onde viria a ser fuzilado a 20 de Novembro de 1936. Quer os seus escritos políticos quer a sua inegável capacidade de atrair e empolgar as massas populares, viriam a transformá-lo num dos míticos símbolos dos insurrectos - el Ausente, sebastianista sombra, omnipresente e incómoda para o autoritário líder do Levantamento militar consolidado – o generalíssimo Franco. José António manifestara sempre uma certa antipatia por Franco, a que não era alheia a desconfiança que nutria pelas iniciativas políticas dos militares que, segundo cria, viam na Ordem um valor absoluto em si mesmo e não uma consequência lógica de uma organização social bem estruturada. Apesar de fidalgo e filho de um dos últimos grandes defensores da Monarquia, José António era amonárquico. Essencialmente, defendia uma revolução, ou seja, uma tomada de consciência de novos valores, que permitissem superar a dicotomia Esquerda – Direita, independentemente do sistema político subjacente. <br />O triunfo da Frente Popular, no início de 36, fizera aumentar o número de filiados da Falange atraídos certamente pela tenacidade, camaradagem e capacidade de ripostar aos permanentes ataques dos partidos da esquerda marxista. Com a prisão de José António, principal arquitecto da sua estratégia política e líder mitificado do movimento, Manuel Hedilla procurou assegurar a chefia interina. Em Julho de 1936, em vésperas da sublevação, a Falange contava com 5 793 filiados e, eventualmente, com um quíntuplo de simpatizantes em toda a Espanha. Contudo, imediatamente após a insurreição, a Falange e as suas milícias denominadas Primera Línea foram a organização político-militar mais procurada pelos voluntários civis mercê do prestígio forjado pela exposição pública e pela mediatizada resistência à perseguição repressiva do governo da Frente Popular. Em poucos meses a Falange contaria com mais de cem mil membros activos em toda a Espanha, embora o talvez demasiado rápido influxo de camisas nuevas e o pulso de ferro de Franco tenham sido fatais para o destino ambicionado pelos camisas viejas. Os falangistas de José António comungavam de um pensamento de conteúdo popular, social e revolucionário que acreditavam dever permitir à Espanha nacional, em cujo triunfo acreditavam, absorver politicamente a Espanha vermelha sem grandes castigos nem vinganças.<br />É verdade que muitas vezes estas recomendações e ordens da Direcção Central da Falange não encontravam eco em muitos dos recém filiados. A Falange tornara-se não só num atractivo e carismático movimento político para muitos direitistas, até aí indiferentes às ideias de José António, como num coito seguro para vira-casacas socialistas e anarquistas que, como é habitual em muitos neófitos, se transformaram nos zelotas mais radicais. O rápido influxo desses camisas nuevas e o pulso de ferro de Franco foram fatais para o destino ambicionado pelos camisas viejas que, na altura, julgavam ainda dominar a organização. Do ponto de vista do rigor histórico, durante a GCE e com a criação do domesticado movimento unitário Falange Española Tradicionalista y de las J.O.N.S., será mais apropriado falar em FETistas que em Falangistas. Mas, em nenhuma circunstância, pese embora os excessos, o movimento foi o carrasco sádico e desapiedado do tão propalado imaginário gauchiste.<br />A iniciativa do Decreto de Unificação teve, logicamente, fundamento na necessidade militar de obter blocos de comando coesos e monolíticos, em contraposição ao que se passava no lado oposto. No entanto, foi também favorecida pelo facto de Franco se rever politicamente mais na direita católica e reaccionária, votante na Acción Popular, cujo líder, Gil Robles o havia nomeado Chefe do Estado-Maior General quando fora Ministro da Guerra, no Governo Lerroux. Desconfiava das formações políticas anti-marxistas mais aguerridas, nomeadamente da Falange de José António e, logo que lhe foi possível, tratou de as submeter, obrigando-as a fundirem-se com os aguerridos carlistas, cujo tradicionalismo não se encaixava muito bem no nacional-sindicalismo daqueles. Na prática, essa medida descaracterizou as duas organizações e veio provocar a sua extinção enquanto movimentos autónomos e independentes, tendo subsistido apenas o lado emblemático, folclórico e mítico. No entanto, face ao elevado prestígio da Falange e dos carlistas que eram, na altura, os maiores canais de recrutamento de voluntários, Franco não os podia hostilizar directamente. Mais tarde, legitimado pela Vitória e erigido em fonte de poder absoluto, tratou de dar o golpe final a esses grupos que tão generosamente o haviam acompanhado no Levantamento, enleando os seus hierarcas em prebendas convenientes e em intermináveis enredos burocráticos. Os notáveis da direita clássica, sonsa e nacional-seminarista, no dizer bem-humorado do poeta Agustín de Foxá, que se haviam abstido de confrontar ou criticar Franco e cujos partidos haviam ficado de fora da mira do Decreto da Unificação, puderam entrar facilmente no Novo Regime que saiu da CGE, sob a observação atenta do cunhadíssimo Serrano Suñer, ex-deputado direitista. Aliás, basta olhar para a posição desde prócer franquista, autêntica pedra de toque da mudança, para compreender a diferença. Apesar de ser um dos melhores amigos (e colega de escritório) de José António e seu testamentário, nunca se havia sentido atraído pelo carácter revolucionário da Falange; sempre preferira a Direita clássica. Contudo, nem por um momento hesitou em aceitar o convite do cunhado, o Gen. Franco, para encabeçar o novo movimento, de roupagens afascizadas, saído do Decreto de Unificação.<br />Uma das habilidades do Generalíssimo Franco consistia em empregar os seus diversos apoiantes, aliados ou clientes políticos, como sejam os tradicionalistas, os falangistas, os democrata-cristãos, os monárquicos alfonsinos, etc. da forma que considerava mais oportuna, em cada momento, para os interesses que prosseguia.<br /> O caso da Falange é aliás paradigmático. Finda a GCE, Franco aproveita a formação da Divisão Azul, destinada a combater os comunistas soviéticos, para atrair como voluntários os irrequietos militantes falangistas, nomeadamente intelectuais e militares, livrando-se assim, nas estepes russas, de potenciais agitadores políticos. A guerra propiciara a unidade de comando mas agora poderia estar em causa um ajuste de contas ideológico que o Caudillo não podia permitir. <br />Internamente, a Falange, plasticamente conotada com o regime que saíra da GCE, tinha os seus símbolos e sinais exteriores em quase todas as fachadas significativas de Espanha; contudo, dos sessenta e nove ministros, em 35 anos de governos nacionais, apenas oito fizeram o juramento cerimonial de aceitação do cargo envergando a camisa azul mas, mesmo entre esses, talvez não houvesse mais que três ou quatro falangistas sinceros. Com a chegada ao poder dos ministros do Opus Dei e dos chamados tecnocratas, a influência da Falange ficou praticamente extinta. Assim, de uma forma que talvez não tenha paralelo na História moderna, um partido desapareceu realmente da cena política, embora mantendo oficialmente toda a sua pujança emblemática. <br />Exemplificativo da repressão que cedo se abateu sobre os mais recalcitrantes foi o episódio que aconteceu em 1938 quando se debatia o projecto da F.E.T. y de las J.O.N.S. de que se haviam encarregado os falangistas Pedro Gamero e Dionisio Ridruejo bem como o tradicionalista Juan José Pradera. A proposta ia no sentido de um reforço do poder do Partido na estrutura e política do Estado. Foi prontamente recusado por Franco, aumentando ainda mais a sua desconfiança face aos movimentos políticos que se haviam fundido por decreto seu. Como suspeitos de deslealdade política foram detidos e afastados dos seus cargos, em Junho de 1938, Agustín Aznar, Fernando González Veléz (conselheiros nacionais) e Narciso Perales que trabalhava em Granada sob a orientação de Fernández Cuesta. Os dois primeiros ficariam confinados durante toda a GCE e o último foi enviado para a frente de combate.<br />Também como consequência do Decreto de Unificação e após os acontecimentos já descritos, começaram a surgir sob a forma de panfletos alguns sinais da existência de movimentos que se reclamavam falangistas mas que repudiavam a oficial F.E.T. y de las J.O.N.S.. Apareceu a F. E. (Auténtica), diz-se que inspirada por Prieto como manobra de contra-informação, a F. E. (Autónoma) organizada por González de Canales e outras iniciativas sem expressão. Haveria que esperar pelo fim da CGE para que alguns simpatizantes desses grupúsculos criassem organizações falangistas clandestinas como a Ofensiva de Recobro Nacionalsindicalista, fundada por Eduardo Ezquer em 1940 ou a Alianza Sindicalista.<br />A forma nobre e digna como José António encarou a morte, revelada no seu testamento de que a seguir se reproduzem alguns extractos, não deixou de contribuir, igualmente, para lhe aumentar a fama e o respeito de amigos e adversários. <br /><br />• <em>Condenado ontem à morte, peço a Deus que (...) me permita conservar até ao fim, uma decorosa conformidade com o que antevejo...<br />• Interrogo-me se será vaidade ou demasiado apego às coisas terrenas o querer prestar, nesta conjuntura, contas sobre os meus actos; mas como, por outro lado, atraí o crer de muitos camaradas numa medida muito superior ao meu próprio valor (demasiado conhecido de mim, até ao ponto de escrever esta frase com a mais simples e convicta sinceridade) e como inclusivamente impeli muitos deles a enfrentar riscos e responsabilidades enormes, parecer-me-ia desconsiderada ingratidão afastar-me de todos sem qualquer explicação...<br />• Apenas isto pretendi e não alcandorar - me à póstuma reputação de herói. Não assumi a responsabilidade por tudo nem me ajustei a qualquer outra variante do padrão romântico. Defendi-me com os melhores recursos do meu mister de advogado que me é tão querido e que cultivei com tanta assiduidade. Não faltarão, porventura, comentadores póstumos que me acusem de não ter preferido a fanfarronada. Cada um sabe de si... </em><br /><br />Várias foram as tentativas para o resgatar do cativeiro mas todas em vão. Pequenos grupos de comandos falangistas, organizados por Agustín Aznar, tentaram chegar clandestinamente a Alicante para libertar José António mas sem sucesso. Também da parte dos comandos militares dos sublevados não parecia haver um grande interesse na libertação de José António, apesar de terem sido efectuadas várias trocas de prisioneiros, entre os quais Serrano Suñer.<br /><br />Com um <em>ethos</em> e uma <em>praxis</em> cultural de superior entendimento e abrangência, José António foi amigo e admirador de intelectuais com os quais não compartia mundividências como, por exemplo, Federico Garcia Lorca. Apesar de próximo de alguns intelectuais da <em>Frente Popular</em>, o poeta andaluz era uma presença constante em tertúlias culturais de Madrid, onde tinha muitos amigos e sinceros admiradores, sobretudo entre os jovens intelectuais falangistas. Está comprovada a sua amizade com José António Primo de Rivera, Foxá, Santa Marina, Sánchez Mazas e tantos outros intelectuais da órbita falangista com quem confraternizava nas tertúlias da <em>Ballena Alegre </em>. Gabriel Celaya testemunhou que Lorca lhe confidenciou que, em 36, rara era a sexta-feira em que não jantava com José António.<br />Em sua homenagem permito-me transcrever alguns poemas que lhe foram dedicados por poetas portugueses, de entre os quais me permito salientar um inédito de Carlos Eduardo Soveral, inolvidável plumista que recentemente nos deixou. Num futuro próximo, espero publicar aqui uma Antologia de poemas dedicados a José António por consagrados escultores de frases e letras.<br /><br /><br /> <br /><strong>Ode a José António Primo de Rivera</strong><br /><br /><em>Ao meu amigo Humberto Lima Alves <br />que andou por terras de Espanha na <br />Cruzada pelo Ocidente.</em><br /><br />Rajada de cinco tiros<br />Cravou-lhe o tronco do peito<br />Que ficou incendiado<br />E o fez cair sobre a sombra<br />Num círculo iluminado.<br /><br />A sua camisa azul,<br />Com cinco flechas bordadas<br />Desfez-se em cinza poída.<br />José António! José António!<br />O eco de Cara al Sol<br />Voltou de novo a ter vida.<br /><br />Pelos caminhos iberos...<br />Pelas estradas romanas<br />Secam as rosas dando ais...<br />Na estrada de Santiago<br />Há cinco estrelas a mais.<br /><br />Europa, madre e madrinha!<br />Bandeiras, cravos e loiros<br />Desfolham-se sobre a fronte<br />Deste príncipe perfeito.<br />José António! José António!<br />Com cinco tiros pelas costas,<br />As cinco chagas em sangue<br />São cinco flechas no peito!<br /><br /><strong>Azinhal Abelho</strong> (<em>in Eu fui Guadiana abaixo</em>)<br /><br /><br /> <br /><strong>Cântico</strong><br /><br /><br />Em cada flor<br />Que dia a dia renasce,<br />o canto negro de uma saudade presente:<br />esta foi uma carta escrita<br />ao amanhecer, depois do fuzilamento.<br />Uma bandeira desfraldada,<br />crianças, e crianças correndo,<br />os amados amando-se,<br />os anciães rindo e sorrindo<br />- na palma da mão,<br />o testemunho imenso e vermelho,<br />que não morre:<br />essa foi a cidade de todos os tempos,<br />o amor e o canto das bocas sadias,<br />a espuma de todas as ondas<br />o mar de toda a navegação.<br />(Onde está a barca da alegria,<br />dos amados amando-se,<br />das crianças e jovens mulheres<br />de todas as idades? Onde está?<br />Onde dorme a barca das manhãs despertas?)<br />Dia a dia renascem os beijos dados à noite,<br />em Toledo.<br /><br />Meu caro Amigo, eu vou morrer,<br />mas comigo levo a luz de Abril<br />e as flores de Maio,<br />e as medalhas dos camaradas<br />mortos em combate.<br />Os dias passam pela morte dos tempos.<br />(Oh, como o tempo passa!)<br />Ao lado de cada flor da manhã,<br />uma camisa negra aguarda o corpo do mundo.<br /><br /><strong>José Valle de Figueiredo</strong> (<em>in Diário da Manhã</em>, 11/02/65)<br /><br /><br /> <br /> <strong>JOSÉ ANTÓNIO</strong><br /><br />Arquetipo del Amor<br />a la Patria, la Razón y la Justicia,<br />claro hombre-pundonor<br />hacia toda cívica estulticia,<br />no te iba, no, dejar vivir<br />la inmundicia<br />de viles intereses y ganancias<br />que de España, hecha su máscara,<br />el rostro, miserables, se cubrían.<br /><br />Otro mío Cid, por ello has muerto<br />entre todas imposturas aplastado,<br />que todas las de clase, demofília,<br /> región, mendaz nacionalismo,<br />todas te han sordamente asesinado,<br />dejando tu así,<br />en el sacral combate,<br />«la piel y las entrañas»,<br />cual habías, apolíneo<br />(el corazón nos late),<br />una vez, anunciado.<br /><br />Otro mío Cid, de la Fidelidad<br />y toda la Verdad<br />Campeador,<br />aunque sin vellida barba,<br />sin Tizona y sin Colada,<br />sin Babieca y sin nada,<br />mas lleno de Amor<br />a España, que veías<br />Una, Grande y Libre<br />Libre! Libre!... ,<br />en vernales, almos días<br />de Propósito y Valor.<br /><br />Hoy por hoy, sigues ahí,<br />inmenso y juvenil,<br />Señor forzosamente aislado,<br />en el cielo de un sin par añil<br />de Castilla techo y horizonte <br />yugo y flechas cuanto monte <br />de veras recortado.<br /><br />Alto da Castelhana (Cascais), 97-03-15. <br /><br /><strong>Carlos Eduardo Soveral</strong>, livro inédito <em>Da Solidão e do Silêncio</em><br /><br /><strong>José António</strong><br /><br />Arquétipo do Amor<br />à Pátria, à Razão e à Justiça,<br />claro homem-pudonor<br />para toda cívica estultícia,<br />não te iria, não, deixar viver,<br />a imundície<br />de interesses e ganâncias vis<br />que de Espanha, qual sua máscara,<br />o rosto, miseráveis, se cobriam.<br /><br />Outro meu Cid, por tal morreste,<br />pelas imposturas todas esmagado,<br />que todas as de classe, demofilia, <br />região, nacionalismo mendaz,<br />por todas foste surdamente assassinado,<br />deixando tu assim,<br />no sacral combate,<br />“a pele e as entranhas”,<br />Como havias, apolíneo<br />(o coração nos late)<br />uma vez anunciado.<br /><br />Outro meu Cid, da Fidelidade<br />e toda a Verdade<br />Campeador,<br />sem penugem de barba, embora,<br />sem Tizona e sem Colada,<br />sem Babieca e sem nada,<br />mas cheio de Amor<br />a Espanha, que vias<br />Una, Grande e Livre<br />Livre! Livre!...,<br />em vernais, almos dias<br />de Propósito e Valor.<br /><br />Ora agora, aí prossegues,<br />imenso e juvenil,<br />Senhor forçosamente isolado,<br />no céu de um sem par anil<br />de Castela tecto e horizonte<br />jugo e frechas quanto conte <br />veramente recortado.<br /><br />Traduzido por <strong>Manuel Vieira da Cruz</strong>, <br />em Lisboa, 15 de Setembro de 2006<br /><br /><br /> <br /><br /><strong>Requiem por José António</strong><br /><br />Dizem que fomos vencidos<br />apenas porque morreste<br />Loucura do inimigo<br />foste tu que os venceste<br /><br />Morreste, não te lamento<br />És mais feliz do que eu<br />Em minha alma grita o vento<br />Foi por ti que ele morreu<br /><br />Lá longe onde o sangue corre<br />e rega a terra maldita,<br />no país onde caíste<br />tua vida ressuscita<br /><br />Do pó em que te tornaste<br />Nasceu um cântico novo<br />Daqueles que tu juntaste<br />Pela Pátria e pelo Povo<br /><br />A vitória já não tarda<br />A vingança dá-me alento<br />Lá fora na noite parda<br />Já se ouvem cantos no vento.<br /><br /><strong>Pedro Corrêa da Silva</strong><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong>«Andamento elegíaco<br />em louvor e memória de Robert Brasillach<br />e de José Antonio»</strong><br /><br /><strong> (Heróica triste para os dois)</strong><br /><br />Deixai-me que eu chore ou cante, <br />em mais um 6 de Fevereiro, <br />o poeta enfeitiçante que do mártir d’Alicante <br />foi irmão e companheiro.<br /><br />Seu destino lancinante, <br />seu roteiro rutilante, <br />sua sorte e paradeiro:<br />- Deixai, deixai que eu os cante <br />em mais um 6 de Fevereiro.<br /><br />Quero, durante um instante <br />passageiro e... incessante, <br />exumar do meu tinteiro <br />o exangue semblante <br />desse límpido e galante <br />mosqueteiro.<br /><br />- afinal, tão semelhante <br />(em tudo, tão semelhante) <br />àquele arcanjo arquejante <br />que, num pátio d’Alicante <br />prisioneiro, <br />doou à luz do Levante <br />o seu olhar derradeiro <br />e, às falanges da Falange <br />o seu sangue de guerreiro.<br /><br />Quero deter-me um instante, <br />aos pés do 6 de Fevereiro; <br />e ao poeta militante, <br />implorar que se alevante, <br />outra vez, de corpo inteiro, <br />por sobre o seu cativante <br />cativeiro!<br /><br /> <strong>Rodrigo Emílio</strong> (in <em>Poemas de Braço ao Alto</em>, 1982)<br /><br /><table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/40d534a0-8479-42ec-b36e-d3af2ef98772&theName=Cubre_tu_pecho&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=40d534a0-8479-42ec-b36e-d3af2ef98772"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/40d534a0-8479-42ec-b36e-d3af2ef98772/Cubre_tu_pecho/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-48901318942323426772009-11-19T10:54:00.004+00:002009-11-19T11:05:23.676+00:00Neologismo...<strong>Michaëlis: Ultra-Moderno Dicionário da Língua Portuguesa</strong><br /><br /><strong>So.cra.te.ar</strong><br /><em>elem comp (lat solu + gr -kratés + ear)</em> <strong>1.</strong> Ocultar ou encobrir com astúcia e má-fé; disfarçar com cinismo. <strong>2.</strong> Não dar a perceber, esconder, calar. <strong>3.</strong> Fingir, simular inocência. <strong>4.</strong> Usar a dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia. <strong>5.</strong> Desviar o assunto; fugir das responsabilidades. <strong>6.</strong> Fazer recair as culpas nos amigos (mesmo que familiares) mais próximos. <strong>7.</strong> Negar despudoradamente as evidências. <strong>8.</strong> Defraudar, iludir; praticar técnicas de banha-da-cobra. <strong>9.</strong> Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, fazendo crer que os fins justificam os meios. <strong>10.</strong> <em>coloquial</em> : sacanear.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-39698084947666079482009-11-17T11:49:00.000+00:002009-11-17T11:50:29.268+00:00Lógica socialistaLógica Socialista<br /><br />Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o Partido?<br />- Sim - respondeu o militante socialista<br />E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?<br />- Sim - novamente respondeu o solidário progressista.<br />E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?<br />- É claro que doaria - respondeu o orgulhoso companheiro.<br />E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?<br />- Não - respondeu o camarada.<br />Mas… Doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?<br />- É, porque as galinhas eu já as tenho mesmo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-63476254873155614762009-11-05T17:56:00.001+00:002009-11-05T17:59:08.705+00:00Valentin de la Sierra<table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/c8dd8c01-bf88-4789-b2c2-e3233194320f&theName=valentindelasierra_aguilar_Track01&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=c8dd8c01-bf88-4789-b2c2-e3233194320f"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/c8dd8c01-bf88-4789-b2c2-e3233194320f/valentindelasierra_aguilar_Track01/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table><br /><br />Enquanto não chega a jeropiga, aqueçamos a alma com mais um corrido <em>cristero</em>.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-84904878882794500182009-11-05T17:36:00.001+00:002009-11-05T17:38:50.063+00:00Para o bardo Campos e SousaPara o Zé, uma heterodoxa dedicatória, do P. Alegre<br /><br /><table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/1b4817f9-81ec-43f0-ad1c-6515e893eb09&theName=TROVASDOVENTOQUEPASSA&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=1b4817f9-81ec-43f0-ad1c-6515e893eb09"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/1b4817f9-81ec-43f0-ad1c-6515e893eb09/TROVASDOVENTOQUEPASSA/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-52093998957091270062009-10-16T12:57:00.004+01:002009-11-01T01:28:53.629+00:00A OMS e gripe dos suínosGravíssimas declarações ...na terra gélida do país dos mil lagos. <br /><br /><OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-23585381dd079aa3 height=266 width=320 contentId="23585381dd079aa3"></OBJECT>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-30044963521717483892009-10-14T17:01:00.003+01:002009-10-14T17:05:11.724+01:00Dª Maitê e seu MigueoVários foram os amigos que me contactaram a pedir esclarecimentos sobre o tal artigo do Miguel Sousa Tavares. Para evitar mais trabalho, ei-lo:<br /><br /><em>Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê: <br /><br />- É sempre assim, esta auto-estrada? <br /><br />- Assim, como? <br /><br />- Deserta, magnífica, sem trânsito? <br /><br />- É, é sempre assim. <br /><br />- Todos os dias? <br /><br />- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente. <br /><br />- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram? <br /><br />- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto. <br /><br />- E têm mais auto-estradas destas? <br /><br />- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me. <br /><br />- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões? <br /><br />- Porque assim não pagam portagem. <br /><br />- E porque são quase todos espanhóis? <br /><br />- Vêm trazer-nos comida. <br /><br />- Mas vocês não têm agricultura? <br /><br />- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável. <br /><br />- Mas para os espanhóis é? <br /><br />- Pelos vistos... <br /><br />Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga: <br /><br />- Mas porque não investem antes no comboio? <br /><br />- Investimos, mas não resultou. <br /><br />- Não resultou, como? <br /><br />- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou. <br /><br />- Mas porquê? <br /><br />- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos. <br /><br />- E gastaram nisso uma fortuna? <br /><br />- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos... <br /><br />- Estás a brincar comigo! <br /><br />- Não, estou a falar a sério! <br /><br />- E o que fizeram a esses incompetentes? <br /><br />- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro. <br /><br />- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo? <br /><br />- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. <br /><br />Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não. <br /><br />- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto? <br /><br />- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações. <br /><br />- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa? <br /><br />- Isso mesmo. <br /><br />- E como entra em Lisboa? <br /><br />- Por uma nova ponte que vão fazer. <br /><br />- Uma ponte ferroviária? <br /><br />- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa. <br /><br />- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros! <br /><br />- Pois é. <br /><br />- E, então? <br /><br />- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. <br /><br />Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la. <br /><br />- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta... <br /><br />- Não, não vai ter. <br /><br />- Não vai? Então, vai ser uma ruína! <br /><br />- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar. <br /><br />- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras? <br /><br />- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa! <br /><br />- E vocês não despedem o Governo? <br /><br />- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo... <br /><br />- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro? <br /><br />- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade. <br /><br />- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia? <br /><br />- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV. <br /><br />- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter? <br /><br />- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade. <br /><br />Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás: <br /><br />- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê? <br /><br />- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa. <br /><br />- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo? <br /><br />- É isso mesmo. Dizem que este está saturado. <br /><br />- Não me pareceu nada... <br /><br />- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP. <br /><br />- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível? <br /><br />- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido. <br /><br />- E tu acreditas nisso? <br /><br />- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo? <br /><br />- Um lago enorme! Extraordinário! <br /><br />- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa. <br /><br />- Ena! Deve produzir energia para meio país! <br /><br />- Praticamente zero. <br /><br />- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber! <br /><br />- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha. <br /><br />- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso? <br /><br />- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais. <br /><br />- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada? <br /><br />- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. <br /><br />Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente: <br /><br />- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos? <br /><br />- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez. <br /><br /><em><strong>Ela voltou a colocar os óculos de sol e inclinou-se para a frente… Em segundos estava a deliciar-me com um um daqueles bicos que só se fazem em auto-estradas desertas como as nossas</strong></em>. No final suspirou: <br /><br /> <br /><br />- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém! </em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-8449016737520037582009-10-14T14:51:00.002+01:002009-10-14T16:40:30.771+01:00E o burro sou eu?<OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-a96d2678779918cb height=266 width=320 contentId="a96d2678779918cb"></OBJECT><br /><br />Muita gente se interroga sobre o porquê da cuspidela no fim?! Recuperem e leiam o artigo de Miguel Sousa Tavares sobre a A6 e as gentilezas <EM>on the road</EM> de uma sua amiga estrangeira (era Dª Maitê, pois claro!)e perceberão tudo...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-54121828094142355072009-10-12T12:53:00.003+01:002009-10-12T13:00:22.030+01:00O crime de Mondim: A vergonhosa desfaçatez de um Governador CivilSó num país terceiro-mundista a que esta corja socialista nos condenou é possível a desfaçatez de um homem com a responsabilidade de um Governador Civil mentir com quantos dentes tem na boca. E o candidato do seu partido não lhe fica atrás. Que rica gente esta. E o safardana até foi eleito pelas gentes de Mondim!!!<br /><br /><br /><table bgcolor="#000000" cellpadding="0" cellspacing="0"><tr><td><embed quality="high" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" type="application/x-shockwave-flash" bgcolor="#000" width="328" height="94" src="http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/esnips_player.swf" flashvars="theTheme=blue&autoPlay=no&theFile=http://www.esnips.com//nsdoc/cb299f57-58fe-482b-88c3-55e953fde080&theName=governador&thePlayerURL=http://www.esnips.com//escentral/images/widgets/flash/mp3WidgetPlayer.swf"></embed></td></tr><tr><td><table cellpadding="2" style="font-family:Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; padding-left:2px; color:#FFFFFF; text-decoration:none ; ; font-size:10px; font-weight:bold"><tr><td><a style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/CreateWidgetAction.ns?type=0&objectid=cb299f57-58fe-482b-88c3-55e953fde080"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td align="center"><a align="center" style="color:#FFFFFF; text-decoration:none " href="http://www.esnips.com/doc/cb299f57-58fe-482b-88c3-55e953fde080/governador/?widget=flash_player_esnips_blue"> </a></td><td style="font-size:7px; font-weight:normal;">|</td><td><a align="center" style="color:#FF6600; text-decoration:none" href="http://www.esnips.com//adserver/?action=visit&cid=player_dna&url=/socialdna"> </a></td></tr></table></td></tr></table>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-14279159787261241912009-10-12T11:50:00.003+01:002009-10-12T11:56:23.895+01:00O atestado médico ou um país de vómito<strong>O atestado médico</strong><br /> por <em>José Ricardo Costa</em><br /><br />Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa. Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta.<br />Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la? <br />Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante. Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias.<br />A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI. O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente. O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.<br />Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente. Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.<br />Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade. Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade. Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados. Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o 'ET', que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.<br />O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe. A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados. Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade.<br />Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei. Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja.<br />Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho. Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade.<br />Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas. <br />Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.<br />Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.<br />(<em>Texto escrito por um professor de filosofia que escreve semanalmente para o jornal “O Torrejano</em>”)<br /><br /><br />Uma ligeiríssima correção: A frase atribuída sistematicamente a Goebbels (ou, por vezes, a Stalin) tem na realidade a sua autoria no cínico Voltaire.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-21198558129359213032009-10-12T11:37:00.004+01:002009-10-12T11:45:56.711+01:00O investimento cultural socialista: Arte de vanguarda<OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-5f371a147c0bad83 height=266 width=320 contentId="5f371a147c0bad83"></OBJECT><br /><br />Esta genial tela viria a ser adquirida pelo Joy Bera Ardo, com um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos de 20 000 000 de euros sobre uma hipoteca do próprio bem. Após consulta a Paulo Pedroso, reconhecido especialista sobre o colectivo de autores, a magnificente obra de arte foi, entretanto, entregue à Fundação Serralves para guarda e deleite das luminárias sinistras do Porto e arredores. <em>Enjoy it</em>, pategos!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-315559349918509312009-09-29T15:02:00.002+01:002014-04-09T00:05:05.684+01:00A família Adams mascarada de socialista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkxdivDa6KqlA_CW8ZVbYaa0XXznd_79c3KRPbItigsF8nPt0p-lZHShr5nPyQLfTGiqO134xqbD8q1Dm6VZKntVrxPGfqALcjRoozOnGgn0pUxKcIricOuMsOmkOzLfy3KOmhFw/s1600-h/zapatero+e+hijas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkxdivDa6KqlA_CW8ZVbYaa0XXznd_79c3KRPbItigsF8nPt0p-lZHShr5nPyQLfTGiqO134xqbD8q1Dm6VZKntVrxPGfqALcjRoozOnGgn0pUxKcIricOuMsOmkOzLfy3KOmhFw/s400/zapatero+e+hijas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386889629261038194" /></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-44339362766295802862009-09-29T12:01:00.003+01:002009-09-29T12:09:06.336+01:00A comunicação social e o caso da espionagem ao inquilino do Palácio de Belém<OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-6381d3d643feba6 height=266 width=320 contentId="6381d3d643feba6"></OBJECT>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-51864221143659206842009-09-28T15:34:00.004+01:002009-09-28T15:40:21.827+01:00Sabedoria cuanhama...Depois de perceber que afinal a vaca é um boi, só um tonto insiste em ordenhá-l(o)...<br /><br />Kundi Obocuè<br />(Pastor cuanhama)<br /><br /><strong>Kem kizer ke enfie a karapussa</strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-34324029489796651382009-09-28T11:59:00.002+01:002009-09-28T15:28:18.933+01:00Olha o venerável Costa, preclaro e honesto citoyen<embed src="http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ/mov/1" type="application/x-shockwave-flash" allowFullScreen="true" width="400" height="350"></embed><br />Pelos vistos o que o meu povo gosta, continua a ser <em>panem et circenses</em>. O pior vai ser ser quando o pão se acabar porque o circo e as romarias essas nem que sejam virtuais vão continuar.<br />Como beirão sinto uma tremenda vergonha (e não é alheia, creiam)pela votação dos meus patrícios. A única razão que concebo é terem saudades dos banha-da-cobra das feiras das romarias da Senhora do Almurtão.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-27534518674252772192009-09-24T11:54:00.005+01:002009-09-24T17:10:12.472+01:00A gripe dos suínos<STRONG>De embuste em embuste até à Maçonaria final...</STRONG> <STRONG><br /><em>Skull & bones</em> and pigs feet</STRONG> <br /><br />Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada...<br /><OBJECT class=BLOG_video_class id=BLOG_video-aaab35a9f3093fbe height=266 width=320 contentId="aaab35a9f3093fbe"></OBJECT>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14422102.post-86010167289414968952009-05-27T10:25:00.005+01:002009-05-27T10:49:48.091+01:00<strong>Porque é que eles gostam tanto de se agarrar por detrás?</strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFbPujQ7_RpdoQ80LERtlW7lMokAUxW8DRSik_oul8sckP4K0HUM6kWrxfs-pJhi7msA6GmthiFObWUa2-FGc8bRtgCeay61Con0mcEjk_4zRjzFDkkSzOf50DT1DNrlJWNfDmBg/s1600-h/chavezfidel2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 311px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFbPujQ7_RpdoQ80LERtlW7lMokAUxW8DRSik_oul8sckP4K0HUM6kWrxfs-pJhi7msA6GmthiFObWUa2-FGc8bRtgCeay61Con0mcEjk_4zRjzFDkkSzOf50DT1DNrlJWNfDmBg/s400/chavezfidel2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340437687943691554" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9osu6fHk3OT5Fjalm5pH_OCjVqFagB847LbpDzEjOZW76lSsTvjw7lzCLcIvG_1jsKXOiI000zdUNoukrZm5lV4iKClOy2OQTpk-gWEUldeKVjKYG6bmmlzFMysctJl2xzfGVw/s1600-h/lula+e+evo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 93px; height: 118px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9osu6fHk3OT5Fjalm5pH_OCjVqFagB847LbpDzEjOZW76lSsTvjw7lzCLcIvG_1jsKXOiI000zdUNoukrZm5lV4iKClOy2OQTpk-gWEUldeKVjKYG6bmmlzFMysctJl2xzfGVw/s400/lula+e+evo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340433049581451938" /></a><br /><strong>A trinidad roja</strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgThFL6Fzzp47gbOxSKNLX1YWjrAFf9bfKUb2ZLlZjrXYEQAa5tlYCOj9o5Ql0OD-bBank-fJXoLJ2npDlvXTa9rzwZga_Dgqt5ZZjhXLT66S36PJtw2Vcvop976qxLI6XrDwOerA/s1600-h/atrindademarxista.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 137px; height: 103px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgThFL6Fzzp47gbOxSKNLX1YWjrAFf9bfKUb2ZLlZjrXYEQAa5tlYCOj9o5Ql0OD-bBank-fJXoLJ2npDlvXTa9rzwZga_Dgqt5ZZjhXLT66S36PJtw2Vcvop976qxLI6XrDwOerA/s400/atrindademarxista.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340432851547435426" /></a><strong><br />A revolta dos Apaches?</strong> <strong>ou missa cococrática?</strong><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF9588AaEZoXs41kXeCzYRRuSWaG0oCHluwvkhwUlddA_TnKlkOT9dCltouBSYzxPxEDcnzBhoPX_kCaE4WM15OyziQzTNwcm7ydxoGczQS7zh9ndrFKqUeGvplXFnPEtpNJ1t5A/s1600-h/evo2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 123px; height: 124px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF9588AaEZoXs41kXeCzYRRuSWaG0oCHluwvkhwUlddA_TnKlkOT9dCltouBSYzxPxEDcnzBhoPX_kCaE4WM15OyziQzTNwcm7ydxoGczQS7zh9ndrFKqUeGvplXFnPEtpNJ1t5A/s400/evo2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340432681964257074" /></a>Unknownnoreply@blogger.com1