sexta-feira, agosto 01, 2008

Quando los cojones se traduziam por tomates

Já no fim da sua enriquecedora vida tive oportunidade de conhecer e conviver amiúde com esse grande actor português que dá por nome de António Vilar. Na altura, com cerca de 70 anos ainda andava a ver se engatava a Maria Paula, jovem de sessenta e alguns. Meio cego, guiava o seu Alpha Romeo amarelo torrado com uma genica só equiparada ao frenesim que punha no seu projecto de fim de carreira: Fernão de Magalhães.(É verdade! Lembrei-me dele por causa do Zezinho PC de Magalhães, afilhado da Intel). E não pude deixar de me emocionar ao recordar a cena do filme Embajadores en el Infierno em que encarna a personagem representada na vida real pelo santanderino capitão Palácios cuja saga, e a dos seus companheiros durante 11 anos de cativeiro na URSS, Torcuato Luca de Tena pintou no livro Un embajador en el infierno, recentemente editado em Espanha.
No livro, a resposta a que partido pertence, Adrado responde: Falange Espanhola Tradicionalista; no filme, Vilar afirma anti-comunista....


2 comentários:

Anónimo disse...

O oportunista-situacionista Vasco Graça Moura, como ministro da contra-cultura da altura, recusou uma série de vezes um guião que António Vilar lhe apresentou, bem como subsidiar-lhe um filme sobre o navegador. A desculpa que deu para as várias recusas, em directo na televisão, com um tom de desprezo vergonhoso, foi que "o guião contém uma quantidade de disparates". E o António faleceu com a enorme mágoa de não ter feito esse filme. Um homem que, através da sua profissão d'actor, levou o nome e prestígio de Portugal ao mundo - tal como o fizeram Virgílio Teixeira, Amália e penso que, na área do cinema, mais ninguém - com elevação e honra. Amou a sua Pátria imensamente e foi sobretudo um homem bom. Foi um crime o que o lambe-botas-VGM lhe fez. Com efeito ele, VGM, só seguiu as ordens dos donos do país e traidores à Pátria, cujo ódio a António Vilar (e a Amália) mais não traduzia do que um despeito desmesurado à sua pessoa pelo facto de ter servido o seu País com devoção e dignidade através da sua profissão. O António Vlar não era político, era actor de cinema. Mas estes hipócritas, além de vesgos trazem propositadamente palas nos olhos e no lugar do coração ódio às carradas, pelo que quem no anterior regime tivesse tido uma profissão de relevo e através dela, ainda que indirectamente, servido esse mesmo regime, era considerado fascista à força e portanto gente a abater... a menos que lhes prestassem imediata vassalagem e mesmo assim teriam que passar no filtro do "exame d'admissão à nova ordem". Veio o nove regime e a cláusula nº1 da agenda ditava vingança e desprezo totais para quem havia sido e continuava a querer ser patriota. É assim que actuam os maus, invejosos e traidores. A este oportunista pago à hora, VGM, mais um a juntar ao rol, só lhe desejo que enquanto viva sinta profundos remorsos pela injustiça que praticou e o sofrimento que causou, já no fim da vida, ao excelente actor e grande português que foi António Vilar. Isto, para não lhe desejar que a terra lhe seja pesada.
Parabéns a si, que homenageou d'algum modo António Vilar.
Maria

Anónimo disse...

Antonio Vilar, gran actor