sexta-feira, setembro 30, 2005


Olá, eis-me de volta !

Pelos comentários que recebi em relação às últimas bocarras vejo que não consegui explicitar muito bem o conceito de Pátria. Caturo usa uma distinção de base joseantoniana com uma identificação da Pátria ao Estado no caso do fascismo que nãó é correcta, na minha modesta opinião, embora esteja de acordo quanto ao resto.
Como seria óbvio Rebatet topou perfeitamente que não pertencemos à mesma família nacionalista, aliás não compreendo mesmo porque é que aqueles que não reconhecem a singularidade da Nação portuguesa insistem em denominar-se nacionalistas. (Talvez por mentalidade reaccionária ?) A sua matriz ideológica é manifestamente metanacional... A Nação como concepção "Volkish", como afirma, é redutora, estática e diria mesmo absurda pelo papel que a interpenetração de culturas e idiosincrasias que afectou sempre no tempo e no espaço territorial todos os países.
Se se não reconhece um desígnio nacional, traço de união espiritual entre as gerações que se revêm numa comunidade de destino histórica, então o que nos diferencia das outras Nações ? Se se não reconhece a forma sui generis como ousámos avançar à descoberta de novos mundos, e por uma condimentada receita de Deus, Ouro e Glória, estabelecer, dando e recebendo, pontes entre culturas e civilizações (isto é formas diferentes de ver o Cosmos) então o que somos? Meia dúzias de badamerdas enquistados na Espanha à espera que o nosso anúncio para empregados de balcão ou domésticas seja lido num qualquer El País ? É isso que somos ?
É verdade que o 25 de Abril estilhaçou a Pátria mas não a Nação porque essa se sublima exactamente, não nos Estados cleptocráticos que surgiram, mas no conceito de Portugalidade.
Rebatet cita Spengler, e muito bem ("Uma cultura tem uma alma, enquanto que uma civilização é o estado mais artificial de que a humanidade é capaz"). Fico sem perceber se cita por concordância ou por discordância, já que logo a seguir invoca a superioridade civilizacional, ou seja o tal estado mais artificial, para fundamentar a colonização !?
Claro meu caro Rebatet que "é preciso cortar amarras com o passado", há que esquecer a 2ª guerra mundial e passar ao séc. XXI. Nunca se esqueça porém que uma Nação sem passado é uma Nação sem futuro, lá dizia o Blair, mas o Eric Arthur.
A essência matricial de Portugal está na Europa, diz-me. Geograficamente é uma tautologia. Politicamente é como que deitar pela janela a biblioteca que se acumulou ao longo de uma vida.

Sinto que o ausência de pensadores nacionalistas (muitos dos mais preparados e com mais obrigações andaram nestes últimos anos apenas a tratar da vida, a ganhar consideração social e alguns mesmo a bajular o Poder para serem convidados para os seus repastos) durante as duas últimas décadas levou a um hiato cultural arripiante. E só assim se compreendem ridículas manifestações arregimentadas por marxistas-leninistas reciclados, mentecaptos e bufos da polícia (as categorias não são necessariamente mutuamente exclusivas).
Vejo hoje muita gente, com informação (mas por vezes sem o conhecimento) enfileirar nos que advogam a integração em Espanha, ou na mítica Europa. Não falta quem, nostálgico não se sabe bem de quê, pretendendo que a nossa Saga Nacional foi apenas um colossal atoleiro, nos pretenda enfileirar numa Europa dita das Pátrias, com argumentos que rescendem a grosseiro pan-germanismo ou a vertigem neo-napoleónica. Muitos deles, left-overs dos movimentos neo-paganistas e nietzschianos da última metade do séc. XIX, defendem uma Europa ariana depurada de todos os elementos contaminantes, em nome de uma mítica Civilização Ocidental que umas vezes pretendem de raiz cristã e, noutras ocasiões mais íntimas, fundada no paganismo pré-cristão. São, na generalidade, de uma ignorância confrangedora nomeadamente no que diz respeito às questões de natureza antropológica, histórica ou social. No caso português, renegam ou desconsideram a nossa História, acentuando e valorizando apenas as menções ao exercício do domínio imperial sobre raças e civilizações que pretendem inferiores. Embora se mascarem com a espiritualidade exaltante do Herói e do superior interesse do Colectivo, acabam por ser tão internacionalistas e anti-nacionais quanto o são os adversários que dizem pretender combater.
Uns três meses de férias pagas no Alabama curavam-nos rapidamente. Quando os tratassem como não brancos cairiam em si...

15 comentários:

Rodrigo N.P. disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Rodrigo N.P. disse...
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Rodrigo N.P. disse...
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Nacionalista disse...

Estive para aqui a perder o meu tempo a ler o texto, quando me bastava ler o ultimo paragrafo para perceber tudo: complexo de inferioridade.

Rodrigo N.P. disse...

«aliás não compreendo mesmo porque é que aqueles que não reconhecem a singularidade da Nação portuguesa insistem em denominar-se nacionalistas. (Talvez por mentalidade reaccionária ?) A sua matriz ideológica é manifestamente metanacional»

Pois, eu também não entendo porque é que as pessoas que nem sequer aceitam a definição integral do conceito de nação se afirmam nacionalistas, quanto à matriz meta-nacional, parcialmente sim, porque as nações não sobrevivem orgulhosamente sós, apesar da propaganda, mas ainda assim verdadeiramente metanacional era também o Estado Novo,já que constituía um aglomerado de diferentes nações unidas por um poder institucional sob a forma do Estado. Como vê já somos dois em estado de incompreensão. Quanto à mentalidade reaccionária, não pude deixar de soltar uma gargalhada, a reacção estabelece-se por oposição à revolução, quem será que pretende a reacção, ou o regresso no tempo?Uma pista, eu não...

«A Nação como concepção "Volkish", como afirma, é redutora, estática e diria mesmo absurda pelo papel que a interpenetração de culturas e idiosincrasias que afectou sempre no tempo e no espaço territorial todos os países.»

Não é absurda não, a interpenetração de culturas e idiossincrasias de que fala não alterou as culturas nacionais de forma a torná-las indistintas, apenas a partir da década de 80 com o que decorre do fenómeno de mundialização e globalização, com destaque para a imigração maciça, estão as culturas e idiossincrasias dos países europeus em processo final de desaparecimento. Além do mais o termo "volkish" não se resume de forma alguma à cultura em sentido estrito.

«Se se não reconhece um desígnio nacional, traço de união espiritual entre as gerações que se revêm numa comunidade de destino histórica, então o que nos diferencia das outras Nações ?»

Reconheço um desígnio nacional mas não o limito ao que você pretenderia e mais, o desígnio nacional para mim não se reduz à ligação “espiritual” entre as gerações que se reconhecem numa mesma comunidade de destino histórica, essa comunidade não é definida unicamente por uma ligação espiritual, não basta que alguém pretenda reconhecer-se nesse desígnio para que faça parte da nação, o que aliás seria uma curiosa e particularmente aberta ideia de nação. Quase à vontade do freguês.

«É verdade que o 25 de Abril estilhaçou a Pátria mas não a Nação porque essa se sublima exactamente, não nos Estados cleptocráticos que surgiram, mas no conceito de Portugalidade.»

Nós divergimos aqui no essencial, a nação é, pela própria origem da palavra, indissociável da etnia,do latim "nationen" que significa "casta" ou "raça"; daí que o 25 de Abril tenha destruído uma ideia de pátria que existia ao tempo mas não tenha destruído a nação.

«Rebatet cita Spengler, e muito bem ("Uma cultura tem uma alma, enquanto que uma civilização é o estado mais artificial de que a humanidade é capaz"). Fico sem perceber se cita por concordância ou por discordância, já que logo a seguir invoca a superioridade civilizacional, ou seja o tal estado mais artificial, para fundamentar a colonização !?»

Pois, não percebeu, é natural, a culpa é minha que não sou dotado nestas coisas da escrita, então eu tentarei explicar uma vez mais, cito por concordância com Spengler e o que digo é que aqueles que pretendem justificar o colonialismo têm de reconhecer essa superioridade e não pretender negá-la ou escondê-la, apenas o reconhecimento de uma superioridade civilizacional fundamenta o colonialismo, caso contrário ele não teria razão de ser. Acresce que, no meu caso, não existe qualquer contradição em relação à frase que citei de Spengler porque eu não sou colonialista.

«Claro meu caro Rebatet que "é preciso cortar amarras com o passado", há que esquecer a 2ª guerra mundial e passar ao séc. XXI»

Um tiro muito ao lado, não me senti atingido por essa alusão à segunda guerra, aliás, sejamos honestos, é evidente o que você pretendeu insinuar com isso, mas teve muito azar, porque logo eu tenho sido quem mais tem defendido o corte com a segunda guerra e as suas referências para os nacionalistas, o problema é que o meu corte é completo e o seu é parcial, o meu corte implica não só cortar com o nacional-socialismo mas também com o imperialismo colonial, que já não volta e já não serve, o seu corte é selectivo, ou se calhar nem é corte algum e é por isso que fico à espera da sua visão para o futuro, em vez daquilo que vejo constantemente nos blogs próximos da sua área, que é a choramingueira constante contra os marxistas maus que destruíram o império, sem daí saírem. Ah, e não confunda esse corte que eu defendo como necessário para poder relançar as bases para o nacionalismo com um apagamento da História de Portugal, espero que entenda a diferença.

«Nunca se esqueça porém que uma Nação sem passado é uma Nação sem futuro, lá dizia o Blair, mas o Eric Arthur.»

Pois, mas é que a minha nação não começa no século XV…É terrível, eu sei, mas a minha memória colectiva alcança tempos anteriores.

«A essência matricial de Portugal está na Europa, diz-me. Geograficamente é uma tautologia. Politicamente é como que deitar pela janela a biblioteca que se acumulou ao longo de uma vida.»

Está enganado, não é apenas uma tautologia geográfica, é uma tautologia étnica e até civilizacional( e se quiser contestar a utilização do termo também o saberei defender) mas isso não implica que deite janela fora, para usar a sua imagem, a História pátria, não, tivemos um glorioso império, fez parte da nossa História e portanto também isso caracteriza historicamente a identidade nacional, felizmente(ou infelizmente para si) não se resume a isso a identidade nacional, e por outro lado, o império, c’est fini, lamento mas é assim.

«Sinto que o ausência de pensadores nacionalistas (muitos dos mais preparados e com mais obrigações andaram nestes últimos anos apenas a tratar da vida, a ganhar consideração social e alguns mesmo a bajular o Poder para serem convidados para os seus repastos) durante as duas últimas décadas levou a um hiato cultural arripiante»

Pois, mas sabe engenheiro, por incrível que pareça, mesmo os nacionalistas pouco preparados e pouco dotados intelectualmente, terão ainda alguma capacidade de reflexão, bem sei que não com a mesma qualidade dos mais preparados pensadores nacionalistas, mas ainda assim saberemos razoavelmente o que pretendemos, seja como for ficarei à espera de ver a luz trazida pelos mais preparados, posso até chegar à conclusão que andei anos a ler autores nacionalistas em vão e que afinal a resposta sempre esteve num selecto, mas temporaraimente ausente, grupo de intelectuais nacionalistas portugueses. E no entanto talvez não seja mero acaso o falhanço político rotundo e completo que esses preparados doutrinadores sempre evidenciaram desde que andam a carpir as mágoas de Abril, e eu, francamente, numa altura destas o que menos tenho é tempo para perder com saudosismos bacocos, por isso fico à espera de soluções completas e actuais por parte desses preparados homens.Mas espero que não demorem muito, porque o pessoal não dura para sempre...

« E só assim se compreendem ridículas manifestações arregimentadas por marxistas-leninistas reciclados, mentecaptos e bufos da polícia (as categorias não são necessariamente mutuamente exclusivas).»

Por acaso até sou das pessoas que leu mais de metade de “O Capital”, por obrigação universitária, e também li uma considerável parte da obra filosófica de Marx, nunca me revi naquilo...também nunca fui bufo, mentecapto confesso que já me chamaram...

«Vejo hoje muita gente, com informação (mas por vezes sem o conhecimento) enfileirar nos que advogam a integração em Espanha, ou na mítica Europa»

Nunca defendi a integração na Espanha, quanto à cooperação intra-europeia defendo-a,mas com condicionantes claras,nada quero com esta UE, acresce que como não tenho complexos de inferioridade não acho que Portugal seja um “doentinho” desgraçado inatamente incapaz de competir e, sobretudo, cooperar na Europa, está é mal dirigido no momento, que é uma questão distinta.

«Não falta quem, nostálgico não se sabe bem de quê, pretendendo que a nossa Saga Nacional foi apenas um colossal atoleiro, nos pretenda enfileirar numa Europa dita das Pátrias, com argumentos que rescendem a grosseiro pan-germanismo ou a vertigem neo-napoleónica.»

Não foi um colossal atoleiro mas em minha opinião contribuiu e muito para o espírito de desorientação que hoje se vive num país que durante séculos achou que poderia viver ad eternum da riqueza dos territórios coloniais e que não soube nunca criar na metrópole e nos seus próprios cidadãos uma dinâmica de desenvolvimento que significaria um estado de maturidade nacional, acabou o império e ficámos órfãos daquilo que havia sido a nossa única estratégia de desenvolvimento, uma patética figura se me pergunta. Outros souberam sempre onde estava realmente o "core" da nação e conseguiram por isso fazer a transição do colonialismo sem se deixarem atolar no marasmo, sendo certo que também não tiveram de aturar lunáticos como o “camarada” Vasco, diga-se em abono da verdade. Quanto à Europa das pátrias, substituo o termo por Europa das nações e sim, é aí que devemos encontrar o nosso espaço no século XXI se pretendemos sobreviver e reerguer Portugal, isso não implica que não exista uma estratégia de aproveitamento de vantagens competitivas naturais que detemos em relação aos antigos espaços coloniais portugueses. Quanto ao pan germanismo não sei o que é nem como pode fazer sentido para uma nação que não é germânica , terá de me esclarecer quanto ao significado do termo, bem sei que fica uma bela palavra de arremesso, mas parece-me que pouco mais…

«Muitos deles, left-overs dos movimentos neo-paganistas e nietzschianos da última metade do séc. XIX»

Assumo a minha inspiração nietzschiana com orgulho, nunca a escondi aliás; quanto a ser um left-over( em português, depreciativamente, restos…) tudo bem, daí não virá mal ao mundo.

«São, na generalidade, de uma ignorância confrangedora nomeadamente no que diz respeito às questões de natureza antropológica, histórica ou social.»

Acha? Olhe que não engenheiro, olhe que não…

«No caso português, renegam ou desconsideram a nossa História, acentuando e valorizando apenas as menções ao exercício do domínio imperial sobre raças e civilizações que pretendem inferiores»

Não desconsidero a nossa História, simplesmente não a selecciono por partes ao sabor das minha conveniências e sobretudo interessa-me construir um futuro que apresente soluções para o que considero serem os actuais problemas mortais que afligem a minha nação, e muitos deles são comuns às outras nações do ocidente europeu. Quanto à valorização da superioridade civilizacional de Portugal para justificar o colonialismo já expliquei o assunto, eu não pretendo neo-colonialismos nem sou colonialista, mas apenas a existência de uma superioridade civilizacional os justifica, como é óbvio, ou como explica a existência em si de potências coloniais?

Mas claro,não esquecer, o nosso caso era diferente, connosco não existia essa superioridade civilizacional, éramos todos iguais, tínhamos os mesmo conhecimentos técnicos, o mesmo tipo de organização social, as mesmas capacidades dos africanos, simplesmente calhou a ser um Estado imperial dominado por brancos por obra e graça do acaso, ou quiçá nem era um Estado com os brancos no topo da pirâmide, talvez essa seja apenas uma mentira marxista que procura conspurcar o idílico cenário de iguais entre si que caracterizava o Império, sim, será isso com certeza, aqueles malditos porcos vermelhos!

«Embora se mascarem com a espiritualidade exaltante do Herói e do superior interesse do Colectivo, acabam por ser tão internacionalistas e anti-nacionais quanto o são os adversários que dizem pretender combater.»

Obviamente, já não são internacionalistas os colonialistas, não, esses não, até porque os impérios representavam uma nação una, pois era…nada havia ali de internacionalista, deliro até se disser que teremos sido pioneiros numa espécie de estádio primário da globalização.

«Uns três meses de férias pagas no Alabama curavam-nos rapidamente. Quando os tratassem como não brancos cairiam em si...»

Que argumento absurdo, para não lhe chamar outra coisa, em primeiro lugar os nacionalistas portugueses têm contactos pessoais com nacionalistas de toda a Europa e nunca foram considerados não brancos, em segundo lugar não existiria o mínimo espaço para tal suceder, visto que os portugueses, os verdadeiros entenda-se, são caucasóides de origem europeia, em terceiro lugar porque para seu azar até o Klan já tem membros de ascendência italiana, veja lá, cai o último bastião “redneck” do branco como exclusivo do mundo WASP ( ou perto disso), e por fim, e mais importante, porque isso para mim seria indiferente, é que quando afirmo “sou português” faço-o com a arrogância superior de quem sabe o que é, e faço-o com essa superioridade no Alabama como na Alemanha ou em Marrocos.


Ps: que bonita imagem, mas eu que até tenho falta de vista só depois reparei que erguiam a bandeira portuguesa, à primeira impressão pensei que a foto tivesse sido tirada nalgum bairro de Lisboa, a pregarem uma bandeira de Angola ou Cabo Verde reclamando territórios que na verdade já governam, mas depois é que percebi a poesia do momento, vieram-me as lágrimas aos olhos...

Flávio Santos disse...

Esta polémica mereceu o meu comentário seguinte:
http://santosdacasa.weblog.com.pt/arquivo/2005/10/sobre_a_eterna.html

Flávio Santos disse...

Já agora, um abraço ao nosso amigo "exilado". Sente-se como o Ovídio da obra de Vintila Horia?

vs disse...

Não compreendo.
Juro que não compreendo esta 'admiração' do Rebatet pelo 25 da Silva.
Fala dele quase com 'alívio'.
Como se a abjecta e pestífera data tivesse feito algum bem a Portugal.

Não fez.
Ponto final.

Eu, e muitos outros, não perdemos a resoluta (e inabalável) determinação de, um dia (cada vez mais próximo, felizmente) fazer o necessário 'ajuste de contas' com tão infausta data.

É +obvio que o Império (pelo menos 'as it was') não se poderia manter ad aeternum.
Mas, o que está em causa éae forma absolutamente nojenta como lhe foi posto fim, num apocaliptico desatre que prejudicou gravemente TODOS os protagonistas...todos, menos os perpetradores do NOJO e da tremenda TRAGÈDIA (um 'manicómio em auto-gestão') que se abateu sobre Portugal entre 25 do 4 de 74 e 25 do 11 de 75.

O 25 da Silva, ainda por cima, não trouxe Democracia PORRA nenhuma.
Se Carlucci não tivesse decidido por o 'açaime' nesta choldra a esta hora isto estava pior que Cuba ou que a Albânia.

Os estropícios tinham tudo bem planeado: vendo que os EUA estavam a braços com uma hecatombe no Vietname (motivada pelas criaturas abjectas e possuídas pelo Demónio chamadas 'pacifistas') viram que era aquela a altura de desferirem o 'golpe'.

Não que eu seja um partidário do Estado Novo mas, quando comparado com a monstruosidade anti-natural que nos queriam IMPOR durante o PREC, o Estado Novo poderia ser considerado como uma Democracia Liberal e participativa.

O Estado Novo, apesar dos seus bastantes defeitos e insuficiências foi, de longe, o mais 'benigno' e mais moderado dos regimes de partido único que existiram.
O Rebatet sabia que nas décadas de 60 e 70 (até ao momento do épico desastre que aniquilou Portugal em várias dimensões) Portigal teve um crescimento económico que NUNCA MAIS tivemos??
Sabia que, até à hora da hecatombe, Angola e Moçambique eram já dos mais prósperos e agradáveis sítios do mundo para se viver??

Acha bem o que o 25 da Silva fez a mais de 1 MILHÃO de portugueses que viviam nas províncias ultramarinas??

Sabia que é por causa do 'glorioso' 25 da Puta que os Pariu que os africanos por aqui se vão amontoando?

Os africanos mais velhos lembram-se de viverem tempso de prosperidade e em que não andavam de barriga inchada com a fome?

Linda obra a dos cabrões que Abril pariu e das latrinas que Abril abriu.
Sim senhor.
Clap, clap, clap!

Foderma a vida aos brancos e foderam a vida aos pretos.
Lindo serviço!

Presumo que o Rebatet esteja agradecido aos gloriosos 'Capitães'.
É graças a eles, afinal, que hoje existem as Covas da Moura e outras coisa do género que dantes NÃO EXISTIAM.
Agradeça-lhes, vá lá!

Eu, embora democrata (e exactamente por isso mesmo) sou dos que NÃO PERDOO E NÃO ESQUEÇO.

Felizmente já não estamos nas décadas do apocalipse 'gauchiste' de 60 e 70, em que os bestuntos pensavam que iam dominar o mundo.
O mundo, esse, é hoje radicalmente diferente.
Um dia, num das curvas da História, lá os encontraremos para o 'ajuste'.
Mas não ficam sem 'elas'.
Disso pode o Rebatet estar certo.

Portugal é um Estado-nação de quase 900 anos, um dos mais antigos do Mundo.
Vivemos 550 anos dessa história como Império e isso não pode ser, pura e simplesmente, apagado ou tratado como se tivesse sido mau ou uma vergonha.
Muito pelo contrário.

A península Ibérica não é a Europa central.
As potências marítimas ocidentais: Inglaterra, a França, Portugal e Espanha não levam lições das potências centrais.
Grosso modo, foram estes 4 países que contruiram o mundo tal como o conhecemos.
É OBRA e só temos que estar orgulhosos de pertencer ao clube.

Um pequeno país da Europa ocidental, cujo povo, há vários séculos, não teve medo e, com uma enorme coragem e espírito de intrépida aventura, deu 'novos mundo ao mundo'.

Ao contrário de muitos, nunca dei a cambalhota, nunca fiz a pirueta: nunca estive na barricada da esquerda.
Enquanto o Rebatet ainda andava de fraldas (eu sei q dito n tem você culpa, mas cá vai) já eu e outrs não tínhamos medo e enfrentávamos a onda de idiotas nas ruas...nos tempos em que ir ao um concerto do Heróis do Mar era um risco.
Nos tempos em que fazer a barba, tomar banho e lavar os tomates era considerado 'fascista' e 'burguês' por aquele bando de descamisados mentais que infestavam o país.
Naquele tempo em que os macacos de farda irromperam por Trás-os-Montes e Minho e Porto para a Dinamização cultural e foram escorraçados pelo povo do Norte que NUNCA se rendeu.

É ainda muito triste ter já visto auto-entitulados 'nacionalistas' assinarem com pseudónimos como: 'Obrigado 25 de Abril'.
É mesmo triste.

Felizmente,a Constotuição de 76 está por um fio e vai-se utilizar o Preâmbulo para limpar o cú....pois o Socialismo só serve para isso: para limpar o cú a ele...e mesmo assim.....


Peço desculpa pelo tom mais há coisas que me tiram do sério.

vs disse...

Em relação a 'certos sítios' dos EUA, habitados maioritáriamente por 'evangélicos-ignorantes-neo-creacionistas' e outros calhaus com pernas nem comento.

Apenas digo, em jeito de nota, que Robert E. Lee era contra a escravatura.

"General Robert E. Lee, Confederate States of America, freed slaves under his control and declared slavery, "A MORAL AND POLITICAL EVIL."
He was convinced a "mild and melting Christian influence" would resolve slavery rather than war. Lee's opposition to slavery was shared by many Southerners."

in: civilwarmini.com

O Mugabe é outra besta quadrada que aí anda.
Felizmente agora faz parte do 'Axis of Evil' e, um dia destes, fazem-lhe a folha.
A ele e ao 'bolivariano'.

ahahahah

Rodrigo N.P. disse...

Bravo, Bravo! [ovação de pé]

Que grande encenação Buiça, mas esta sua peça só engana quem não me conhecer. De resto é típico de certos sectores que lhe são muito queridos utilizarem tacticamente a acusação de simpatias filo-comunistas contra quem não segue certa cartilha.

Já agora não deixe de referir o papel que os seus amigos de estimação tiveram na destruição do império português, como disse anteriormente, eu não sofro de memória selectiva.

vs disse...

"... os seus amigos de estimação tiveram na destruição do império português..."

Tiveram sim, sem dúvida, até uma 'certa tarde' em Dallas.

Aí mataram-se 'vários coelhos' com uma só 'cajadada'.

Lentamente, tudo regressou à normalidade, consolidada com a ascensão de Ronald Reagan e a consumação definitiva do 'hijacking'.

Quanto a 'encenações', bem, as palavras ficam consigo.
Quem é condescendente com o 25 do 4 não sou eu.

Onde é que eu disse que o Rebatet era comunista?
Não disse.
Disse sim, e repito, que o Rebatet parece ser condescendente com o deplorável e desprezível movimento desencadeado a 25 de Abril de 1974.

Ainda hoje estamos a pagar (bem caro) as brilhantíssimas e iluminadíssimas políticas levadas a cabo por tão 'glorioso' movimento.

"...quem não segue certa cartilha."

Que cartilha?

É curioso que o Rebatet não rebate nada do que eu digo.
Chuta para canto.

"...eu não sofro de memória selectiva."

Ufa! Ainda bem.
É que eu também não...embora me reserve o direito de ter 'indignações selectivas' já que, pelos vistos, toda a gente as tem.

Rodrigo N.P. disse...

Mas há alguma coisa no que escreveu que mereça ser rebatido?Você quer que rebata o quê se eu não me revejo nas posições que procurou atribuir-me? Pretende que eu me ponha aqui a fazer a defesa do 25 de Abril para encaixar na sua fotografia? Subestima-me.

Esse tipo de insinuações não alterarão em nada as minhas posições nem deixarei de dizer o que penso por causa disso.

vs disse...

Nunca o vi condenar ou deplorar o 25 do 4 e as nefastas consequências da loucura do PREC.

Mas, se não se revê, AINDA BEM.
Estou sempre disponível a reconhecer que fui injusto ou que me equivoquei.
(mas devia então ser mais claro na sua oposição ao espírito da amotinação marxista de 74)

Continuou a não me dizer qual é então a tal 'cartilha'.

Não me passa pela cabeça que o Rebatet altere as suas posições ou que deixe de dizer o que pensa.
Era uma chatice ficar sem tão brilhante 'oponente' ;) e que tão boa luta dá.

E não o subestimo, longe disso.
Mas também não me subestime.

Caturo disse...

O camarada JM avisou-me do qued aqui se passava, mas, por desencontro de opiniões, cheguei aqui tarde e o Rebatet adiantou-se-me e muito bem a dizer o essencial na sua magnífica e certeira resposta.

Resta somente tecer mais alguns comentários:Caturo usa uma distinção de base joseantoniana com uma identificação da Pátria ao Estado no caso do fascismo que nãó é correcta,

Nem é só de José António, é também de Julius Evola (e foi aí que a colhi, além de também a ter lido noutros autores).


aqueles que não reconhecem a singularidade da Nação portuguesa insistem em denominar-se nacionalistas.

Náo sei de quem está o Engenheiro a falar. Nunca vi nenhum nacionalista a dizer que a Nação portuguesa não tem singularidade. E eu explico essa singularidade: os Portugueses são o único povo europeu que fala o Português como língua mãe. Pronto. É isso.
É que essa da singularidade, existe de certeza, mas é preciso saber de antemão como é ela definida...
O Nacionalismo lúcido compreende que cada Nação é como outra qualquer - tão singular como qualquer outra. Pretender ainda que a «nossa» Nação é a especial, feita para reger o universo, é tão somente o aspecto mais excessivo e negativo do sentimento nacional - é a matéria com que se fazem os imperialismos e os racismos exterminadores; é a base para acreditar que se tem o direito de submeter as outras nações à nossa, porque a nossa é que tem um canal privilegiado com o Divino e o resto «são histórias».

Isso sim, é dar mostras de um primarismo ignaro que tem sido alimento de certas chatices (eufemismo) que poderiam ser evitadas se cada qual soubesse manter-se no seu lugar.

A concepção «volkisch», ou etnicista, é pois a única verdadeiramente nacionalista - só é redutora na medida em que tira aos mais chauvinistas a tara imperialista que os faz pensar que têm o direito de impor a sua pátria aos outros, para a Pátria ficar «menos reduzida» (sinal de que têm talvez um secreto desprezo pela sua própria gente?... É o que a «pergunta» feita à laia de afirmação faz pensar: «Meia dúzias de badamerdas enquistados na Espanha?»).

Será estática? Não mais do que concepção imperial - esta, ao fim ao cabo, guia-se pela ideia de que um dia há-de haver uma nova Idade de Ouro em que a nossa Nação há-de ser reconhecida como superior pelas outras e então ficará instaurado o Paraíso na Terra - concepção linear da História, que visa precisamente uma estagnação final. Nada há de mais «estático» do que isto.

A concepção etnicista, pelo contrário, sabe que a Nação não precisa de se diluir etnicamente para estar viva (que contradição imbecil seria essa, abandonar o seu carácter étnico para se tornar numa salganhada em progressão para uma estúpida Nova Era Iluminada) - que pode viver, evoluir, melhorar o nível de vida da sua gente, todos os dias, fazê-la progredir no seu devido lugar (dentro das suas fronteiras), o que nem sequer a impede de atingir um dia as estrelas e o que mais houver.

Afirmar que a concepção etnicista é absurda porque já houve misturas, é dar outra prova de primarismo - aquele primarismo de quem é absolutamente incapaz de distinguir entre o essencial e o acessório, entre o que é central e o que é periférico, entre o veio principal e tudo quanto seja secundário.

Incapaz de distinguir ou, quem sabe, desejando que outros não sejam capazes de distinguir.

Naturalmente que nenhum povo se manteve racial e étnicamente puro ao longo dos séculos - mas todo o povo que sobrevive, só o faz se mantiver uma linha central, não abafada pela avalanche da misturada. É por isso que os Judeus, que não constituem uma raça pura, continuam todavia a existir desde há milhares de anos – porquê? Porque recusaram deixar-se diluir. Porque, apesar das miscigenações e influências, continuam a ser um povo essencialmente caucasóide com uma religião e língua de base hebraica.
Algo de semelhante se passa com os Gregos (apesar de terem sido cristianizados) e com os Parses da Índia, por exemplo…
Os Alemães são germânicos, ninguém duvida, mesmo que, como é sabido, tenham recebido várias influências não germânicas..

Portugal, que é o caso para nós mais relevante, continua a ser a mesma nação que era há oito séculos – o Povo de hoje descende essencialmente do Povo de outrora; e a língua ainda é o Português. Ao contrário do que pensam (mas não dizem literalmente) certos ignaros patrioteirtos, não é verdade que o Portugal antigo morreu no final da Idade Média e que e nasceu outro quando os Descobrimentos se fizeram.
Também ninguém duvida que os Portugueses são um povo latino, mesmo que Árabes e Germanos tenham dominado a Ibéria depois e por cima dos Romanos. É um exemplo a ter em conta, para quem esquece que existe toda uma História no extremo ocidente da Hispânia antes de D. Afonso Henriques ter nascido.

O tal desígnio nacional de que alguns falam, não passa de uma criação da propaganda cristã para fazer de Portugal um lacaio na evangelização do planeta. É só isso. Não é nada mais do que isso.
Pretender ainda que quem nasce filho de Portugueses, é obrigado a adoptar uma certa ideologia definida por dois ou três, obrigado a pensar e até a sentir duma certa maneira, a ter esta ou aquela opinião sobre a miscigenação, pretender tal coisa, dizia, é atitude da mesma água que aquela famosa tirada popular «Quem não é do Benfica, não é bom chefe de família» - o mais grave é que quem leva a sério este «desígnio nacional», acredita mesmo no que diz, motivo pelo qual aquilo que propõe não passa afinal de um totalitarismo espiritual – é a criação de um ismo moralmente obrigatório para todo o povo (e, com o tempo, para todo o mundo), como uma espécie de subdivisão do Cristianismo, tendo por «tio» o Islão…


Ainda esta passagem,
«A essência matricial de Portugal está na Europa, diz-me. Geograficamente é uma tautologia. Politicamente é como que deitar pela janela a biblioteca que se acumulou ao longo de uma vida.»
é talvez o resultado de um sistema de ensino deficitário – em Portugal, fala-se muito pouco do passado pré-português, de toda a História desde os primórdios até à fundação da Nacionalidade. Quem por ela se interessar, verá que Portugal, afinal, tem um passado muito mais europeu do que navegador.
É também o resultado de uma historiografia que faz por convencer os Portugueses das maravilhas do Império (dos Descobrimentos…), esquecendo por completo a maior gesta de Portugal, que é a do seu próprio nascimento e consolidação de fronteiras em território europeu – Portugal, em termos históricos, é isso, nasce assim – do confronto entre as forças europeias que descem das Astúrias contra o inimigo norte-africano.


Por último, a argumentação Minho-até-Timorista de que «ai, deixem-se lá de arianices porque nós somos é meio mulatos e assim é que é bom, olhem que os nazis lá de fora não vos consideram brancos…».
Entenda-se desde já – Portugal é uma nação ariana, porque é de raça branca e língua indo-europeia ou ariana. Um Portugal que não seja isto, pura e simplesmente não é Portugal – é uma merda qualquer feita de salganhadas que não nos diz respeito. E é sintomático que um patriota dos quatro costados se baseie numa opinião de estrangeiros ignaros para dizer o que é que podemos ou não podemos pensar sobre nós próprios…
É preciso recordar e ter bem presente que Portugal não fica no Alabama, nem em ponto algum dos E.U.A., nem sequer no continente americano. Portugal fica numa região a que se pode chamar sul da Europa, onde, por acaso, a generalidade da população é morena (da Ibéria à Grécia). E, em Portugal, são os Portugueses que decidem o que são ou deixam de ser. Não precisam que venha este ou aquele estrangeiro dizer o que somos, devemos ser, devemos pensar ser ou deixamos de ser. Nem sequer precisamos de nos confrontar com tal gente, porque pura e simplesmente nem precisamos de abandonar o território pátrio para ir ao seu encontro. Até porque, já agora, segundo pesquisas genéticas recentes, não é só em Portugal que se verifica alguma mistura racial, pelo contrário…

Caturo disse...

Sabia que é por causa do 'glorioso' 25 da Puta que os Pariu que os africanos por aqui se vão amontoando?

Não me parece que a culpa disso resida principalmente no 25 de Abril em si.
Outros países europeus que não tiveram 25 de Abril, gramam tantos ou mais imigrantes que Portugal - Inglaterra, França, Holanda.