quinta-feira, fevereiro 14, 2008

O esbulho da História na UTAD.

Li no Público de hoje, na pg 13:
O pólo de Chaves da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) premeia hoje 22 alunos autores dos melhores trabalhos elaborados no âmbito do projecto denominado "As memórias sociais da repressão no pós-guerra civil espanhola na raia luso-galega".
Este projecto, que contou também com o apoio da Junta da Galiza, consistiu na elaboração de histórias de vida, realizadas por alunos deste pólo universitário sob a coordenação de Xerardo Pereiro, antropólogo e professor, no âmbito de um programa de investigação centrado no problema da repressão e da vivência na raia luso-galega, durante a época da guerra e do pós-guerra civil espanhola (1936-1975). "Dado que a raia luso-galega é muito vasta, a investigação delimitou territorialmente a "raia seca", mais concretamente a fronteira de Trás-os-Montes com a Galiza", explicou este investigador. Para Xerardo Pereiro, a justificação de tal escolha "residiu na urgência de reconstruir memórias sociais orais de pessoas idosas que viveram aqueles tempos, mas também na necessidade de dar voz a pessoas e memórias silenciadas pelas ditaduras ibéricas". "Interessava descobrir como foram aqueles tempos do ponto de vista dos seus protagonistas e não dos livros de História", defendeu.
Este investigador considera que "existe uma lacuna, em relação ao arquivo e estudo das memórias das populações raianas do período do pós-guerra civil". Foram assim construídos cerca de 90 relatos de vida, contados de viva voz pelos seus próprios protagonistas, gravados audiovisualmente na maior parte dos casos e transcritos pelos investigadores.

"Interessava descobrir como foram aqueles tempos do ponto de vista dos seus protagonistas e não dos livros de História", defendeu Xerardo Pereiro.

Ganda historiador, homem sério e honesto académico como se in-tuy...
Esqueçamos então a História de Portugal, seleccionemos 120 (são mais de 90!) comunistas e proclamemos a sua verdade sobre os últimos 80 anos, pá!
Que mácula para a UTAD! Como é possível alinhar com (e premiar, pasme-se!) este tipo de flibusteirismo histórico?
Haja vergonha!

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