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Powered by Castposto meu post de 2 de Março de 2006
quinta-feira, outubro 26, 2006
quarta-feira, outubro 25, 2006
Quando a memória toca...
Recordemos este diálogo travado entre a Senadora Dianne Feinstein, assumida prócer abortista e o então nomeado Presidente do Supremo Tribunal dos EUA, em audição de ratificação, John Roberts Jr.
Dela se pode ver o que efectivamente está por detrás da hipocrisia da esquerda na luta abortista: a hiperbolização da questão da Igualdade, neste caso entre os sexos. Pelo vistos, não foram suficientes os rios de sangue que a utopia comunista, sucedânea da falácia igualitária, fez (e ainda faz) correr.
FEINSTEIN: In response to the chairman's question this morning about the right to privacy, you answered that you believed that there is an implied right to privacy in the Constitution.
Do you then believe that this implied right of privacy applies to the beginning of life and the end of life?
ROBERTS: Well, Senator, first of all, I don't necessarily regard it as an implied right. It is the part of the liberty that is protected under the due process clause. That liberty is enumerated...
FEINSTEIN: And in Casey, again, the court stated, and I quote, "The ability of women to participate equally in the economic and social life of the nation has been facilitated by their ability to control their reproductive lives and that this ability to control their reproductive lives was enough of a reliance to sustain Roe."
ROBERTS: That's what the court concluded -- I think you're reading from the plurality opinion -- the joint opinion in the case.
FEINSTEIN: Thank you.
One other reading from Justice Ginsburg's testimony: "Abortion prohibition by the state, however, controls women and denies them full autonomy and full equality with men. That was the idea I tried to express in the lecture to which you referred; that two strands, equality and autonomy, both figure in the full portrayal."
Vejamos alguns dados sobre a megera Feinstein:
Gender: Female
Family: Husband: Richard Blum
1 Child
3 Stepchildren.
Birth date: 06/22/1933
Birthplace: San Francisco, CA
Home City: San Francisco, CA
Religion: Jewish
Education:
BA, History, Stanford University, 1955.
Professional Experience:
Political Experience:
Senator, United States Senate, 1993-present
Democratic Nominee for Governor, 1990
Mayor, City of San Francisco, 1978-1988
Member/President, San Francisco Board of Supervisors, 1970-1978
Appointee, Women's Parole Board, 1960.
Organizations:
Inter-American Dialogue, 1988-present
Bilderberg Foreign Policy Conference, 1991
Director, Bank of California, 1988-1989
Japan Society of Northern California, 1988-1989
San Francisco Education Fund, 1988-1989
Trilateral Commission, 1988
Vice Chair, C-Change: Collaborating to Conquer Cancer.
Alguma surpresa ?
Dela se pode ver o que efectivamente está por detrás da hipocrisia da esquerda na luta abortista: a hiperbolização da questão da Igualdade, neste caso entre os sexos. Pelo vistos, não foram suficientes os rios de sangue que a utopia comunista, sucedânea da falácia igualitária, fez (e ainda faz) correr.
FEINSTEIN: In response to the chairman's question this morning about the right to privacy, you answered that you believed that there is an implied right to privacy in the Constitution.
Do you then believe that this implied right of privacy applies to the beginning of life and the end of life?
ROBERTS: Well, Senator, first of all, I don't necessarily regard it as an implied right. It is the part of the liberty that is protected under the due process clause. That liberty is enumerated...
FEINSTEIN: And in Casey, again, the court stated, and I quote, "The ability of women to participate equally in the economic and social life of the nation has been facilitated by their ability to control their reproductive lives and that this ability to control their reproductive lives was enough of a reliance to sustain Roe."
ROBERTS: That's what the court concluded -- I think you're reading from the plurality opinion -- the joint opinion in the case.
FEINSTEIN: Thank you.
One other reading from Justice Ginsburg's testimony: "Abortion prohibition by the state, however, controls women and denies them full autonomy and full equality with men. That was the idea I tried to express in the lecture to which you referred; that two strands, equality and autonomy, both figure in the full portrayal."
Vejamos alguns dados sobre a megera Feinstein:
Gender: Female
Family: Husband: Richard Blum
1 Child
3 Stepchildren.
Birth date: 06/22/1933
Birthplace: San Francisco, CA
Home City: San Francisco, CA
Religion: Jewish
Education:
BA, History, Stanford University, 1955.
Professional Experience:
Political Experience:
Senator, United States Senate, 1993-present
Democratic Nominee for Governor, 1990
Mayor, City of San Francisco, 1978-1988
Member/President, San Francisco Board of Supervisors, 1970-1978
Appointee, Women's Parole Board, 1960.
Organizations:
Inter-American Dialogue, 1988-present
Bilderberg Foreign Policy Conference, 1991
Director, Bank of California, 1988-1989
Japan Society of Northern California, 1988-1989
San Francisco Education Fund, 1988-1989
Trilateral Commission, 1988
Vice Chair, C-Change: Collaborating to Conquer Cancer.
Alguma surpresa ?
terça-feira, outubro 24, 2006
Não há machado que corte a raiz ao pensamento...
Um contributo da JukeBox para a Plataforma Vida
Karl Kohlhase
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Hey, Little Boy, what would you like to be someday?
Maybe an astronaut who zooms around in space?
No, I will be the one who finds a cure for cancer.
I will not rest until I've finally found the answer.
All I need is just a chance to live.
Hey, Little Girl, where in the world are you going?
It's hard to tell with one so small, no way of knowing.
I'm headed on an airplane for the Middle East.
I'll be the one to forge a treaty bringing peace.
All I need is just some time to grow.
Just give me a chance.
Hey, Mr. Politician, can you hear their voices?
Your deafness feigned to gain the vote of those with choices.
When I am home alone and shut off all the noise,
I hear the pleading of those little girls and boys.
All I need is just a chance to live.
All I need is just some time to grow.
Just give me a chance.
Abortion - Pro Life Songs by Karl Kohlhase
Debbie McCurry
Precious thing
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I can't wait to see your face
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Karl Kohlhase
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Hey, Little Boy, what would you like to be someday?
Maybe an astronaut who zooms around in space?
No, I will be the one who finds a cure for cancer.
I will not rest until I've finally found the answer.
All I need is just a chance to live.
Hey, Little Girl, where in the world are you going?
It's hard to tell with one so small, no way of knowing.
I'm headed on an airplane for the Middle East.
I'll be the one to forge a treaty bringing peace.
All I need is just some time to grow.
Just give me a chance.
Hey, Mr. Politician, can you hear their voices?
Your deafness feigned to gain the vote of those with choices.
When I am home alone and shut off all the noise,
I hear the pleading of those little girls and boys.
All I need is just a chance to live.
All I need is just some time to grow.
Just give me a chance.
Abortion - Pro Life Songs by Karl Kohlhase
Debbie McCurry
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domingo, outubro 15, 2006
Tirem-me deste filme!
Não me arrajam um emprego na Patagónia ? Quero ir-me embora deste lodaçal em que se transformou Portugal.
Acabei de assistir, por pressão familiar, a uma peripatética passarelle da fina flor do entulho a promover uma votação para escolher o Mário Soares (ups!), perdão, uma qualquer personagem como O Grande Português. Não vá o diabo tecê-las, para aliviar a desconfiança na manipulação dos resultados, vá de inventar um areópago para escolher o melhor de entre os 10 mais votados. Uma sincrética colecção da jacobinagem reinante com aflorações dos lobbies gay tudo botou faladura e ferradura.
Poster imagético da função, a Elisa de Beirut, pois claro!, culturalmente conhecida pela sua cogitação sobre qual a razão para a realização dos festivais wagnerianos na capital do Líbano(para além das precoces incursões cinéfilas no Meco).
Já não há pachorra, quero ir-me embora...
Acabei de assistir, por pressão familiar, a uma peripatética passarelle da fina flor do entulho a promover uma votação para escolher o Mário Soares (ups!), perdão, uma qualquer personagem como O Grande Português. Não vá o diabo tecê-las, para aliviar a desconfiança na manipulação dos resultados, vá de inventar um areópago para escolher o melhor de entre os 10 mais votados. Uma sincrética colecção da jacobinagem reinante com aflorações dos lobbies gay tudo botou faladura e ferradura.
Poster imagético da função, a Elisa de Beirut, pois claro!, culturalmente conhecida pela sua cogitação sobre qual a razão para a realização dos festivais wagnerianos na capital do Líbano(para além das precoces incursões cinéfilas no Meco).
Já não há pachorra, quero ir-me embora...
quinta-feira, outubro 05, 2006
Roy Campbell, que saudades...
Um dos grandes intelectuais do séc. XX, boicotado pelas suas opções religiosas e políticas, residente em Toledo aquando da Gesta heróica e grande amigo de Portugal.
Roy Campbell:
Versão portuguesa de Rodrigo Emílio
Nascido pela aurora do desastre,
Só Camoens – e só Ele – poderia
Contemplar um soldado, face a face.
Descubro um camarada, em vez do guia
Que buscava: e à hora em que, no mato,
Rastejam rente à praia os jacarés,
Com Ele, sobretudo, é que eu reparto
O toldo do meu barco e algum revés
Revivido, de facto. Condenado,
P’lo fogo (sempre fátuo ...) do dever,
A uma morte de cão – soube penar.
Sagrou-se rei supremo do seu fado,
Obrigou a penúria a não ser
E, às mágoas, ensinou-as a cantar.
Roy Campbell:
Versão portuguesa de Rodrigo Emílio
Nascido pela aurora do desastre,
Só Camoens – e só Ele – poderia
Contemplar um soldado, face a face.
Descubro um camarada, em vez do guia
Que buscava: e à hora em que, no mato,
Rastejam rente à praia os jacarés,
Com Ele, sobretudo, é que eu reparto
O toldo do meu barco e algum revés
Revivido, de facto. Condenado,
P’lo fogo (sempre fátuo ...) do dever,
A uma morte de cão – soube penar.
Sagrou-se rei supremo do seu fado,
Obrigou a penúria a não ser
E, às mágoas, ensinou-as a cantar.
Pelo sonho é que vamos...

Sebastião da Gama:
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que descemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
Partimos. Somos. Vamos.
Bibó general Sem-medo!
Não posso nem quero deixar de me associar às comemorações delgadas.Sob a mira bigbrotheriana, bufista, delatora e ignara da República e Laicidade quero contribuir para a memória do corajoso general e, de certa forma, desagravar a memória do homenzinho injustamente esbofeteado por Henrique Galvão. Nada melhor que recordar a impressão que causou a Jesus Suevos:
Humberto Delgado, dotado de grande ambição, pouca paciência e menos prudência, era o fascista mais avançado que conheceu em Portugal.
...
Era então chefe da Legião Portuguesa o jovem e muito inteligente Costa Leite Lumbrales que, depois, foi muitos anos ministro da Presidência às ordens imediatas de Salazar. Fomos ele e eu os oradores de um ressoante acto público em plena Lisboa. Porém, poucos dias depois, num banquete que aos espanhóis dedicou a Legião, no Casino do Estoril, não tendo Costa Leite podido comparecer por motivo de uma ocupação inesperada, em seu lugar ofereceu o banquete um capitão da Aviação, comissário da Mocidade Portuguesa, que se chamava Humberto Delgado. Almoçámos, pois, juntos e, como é natural, falámos todo o tempo de política. O então capitão Delgado era um homem entre os trinta e cinco e os quarenta anos, muito moreno, corpulento e com uma enorme vitalidade. Expressava-se com grande veemência e pareceu-me pouco prudente, pois sem encomendar-se a Deus nem ao diabo começou a dizer-me que achava o regime português “pouco fascista”. Confessou-me que admirava Mussolini e que lhe parecia necessário “endurecer” a Legião portuguesa e, sobretudo, a Mocidade. O agora chefe da oposição “democrática” ao Estado Novo edificado por Salazar cria que ainda havia demasiadas reminiscências liberais nas junturas das instituições e fórmulas do novo regime, e advogava “maior força e severidade”.
Tradução de um artigo de Jesus Suevos, no Arriba de 29 de Janeiro de 1961
Humberto Delgado, dotado de grande ambição, pouca paciência e menos prudência, era o fascista mais avançado que conheceu em Portugal.
...
Era então chefe da Legião Portuguesa o jovem e muito inteligente Costa Leite Lumbrales que, depois, foi muitos anos ministro da Presidência às ordens imediatas de Salazar. Fomos ele e eu os oradores de um ressoante acto público em plena Lisboa. Porém, poucos dias depois, num banquete que aos espanhóis dedicou a Legião, no Casino do Estoril, não tendo Costa Leite podido comparecer por motivo de uma ocupação inesperada, em seu lugar ofereceu o banquete um capitão da Aviação, comissário da Mocidade Portuguesa, que se chamava Humberto Delgado. Almoçámos, pois, juntos e, como é natural, falámos todo o tempo de política. O então capitão Delgado era um homem entre os trinta e cinco e os quarenta anos, muito moreno, corpulento e com uma enorme vitalidade. Expressava-se com grande veemência e pareceu-me pouco prudente, pois sem encomendar-se a Deus nem ao diabo começou a dizer-me que achava o regime português “pouco fascista”. Confessou-me que admirava Mussolini e que lhe parecia necessário “endurecer” a Legião portuguesa e, sobretudo, a Mocidade. O agora chefe da oposição “democrática” ao Estado Novo edificado por Salazar cria que ainda havia demasiadas reminiscências liberais nas junturas das instituições e fórmulas do novo regime, e advogava “maior força e severidade”.
Tradução de um artigo de Jesus Suevos, no Arriba de 29 de Janeiro de 1961
O Mau Pastor
Subscrevo integralmente o bem artilhado post de JSarto sobre o Bispo de Lisboa e as suas absurdas declarações. É claro que as questões da Vida são de natureza ética mas por isso mesmo a Igreja Católica que, pela infalibilidade teológica do Bispo de Roma comunga delas, tem a obrigação de estar na vanguarda da sua defesa. A mediocridade do nosso episcopado não surpreende; pastoreiam sempre a pensar na Comunicação Social para garantir uma boa imprensa.A Rádio Renascença mais parece a voz oficiosa do Partido Socialista. Sou da geração do Papdo de João Paulo II; foi ele que me trouxe de volta para a Igreja, apesar dos Policarpos, Januários e Melícias...
Dizem-me que devo obediência à Hierarquia (condição que, no entanto, não consta do Credo)mas não é possível aguentar tanta agressão às nossas consciências cristãs e desvio aos ensinamentos dos Papas.
Protestem e denunciem massivamente para Roma, mesmo correndo o risco de alimentar a boa disposição dos jacobinos que nos controlam.
Dizem-me que devo obediência à Hierarquia (condição que, no entanto, não consta do Credo)mas não é possível aguentar tanta agressão às nossas consciências cristãs e desvio aos ensinamentos dos Papas.
Protestem e denunciem massivamente para Roma, mesmo correndo o risco de alimentar a boa disposição dos jacobinos que nos controlam.
quarta-feira, setembro 20, 2006
Les partisans blancs
Et voilá, la vielle Les partisans blancs, histórica canção dos guerrilheiros anti -comunistas, pelo coro de Montjoie-Saint Dennis
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terça-feira, setembro 19, 2006
La Guerra Cristera
Mil perdões aos meus poucos mas ilustres leitores pelo interregno.
Comemoram-se este ano 80 anos sobre a perseguição religiosa que no México levou ao levantamento popular que originaria o acontecimento histórico conhecido como a Guerra Cristera. Nos próximos dias escreverei sobre ela. Até lá um cheirinho..., na voz vibrante de Vicente Fernández.
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El martes me fusilan
a las seis de la mañana
Por creer en Dios eterno
Y en la gran Guadalupana.
Me encontraron una estampa
de Jesús en el sombrero;
Por eso me sentenciaron,
porque yo soy un cristero.
Es por eso me fusilan
el martes por la mañana;
Matarán mi cuerpo inútil
pero nunca, nunca mi alma.
Yo les digo a mis verdugos
que quiero me crucifiquen,
Y una vez crucificado
entonces usen sus rifles.
Adiós sierras de Jalisco,
Michoacán y Guanajuato,
Donde combatí al gobierno,
que siempre salio corriendo.
Me agarraron de rodillas
adorando a Jesucristo;
Sabían que no había defensa
en ese santo recinto.
Soy labriego por herencia,
Jalisciense de naciencia;
No tengo más dios que Cristo
porque me dio la existencia.
Con matarme no se acaba
la creencia en Dios eterno.
Muchos quedan en la lucha
y otros que vienen naciendo.
Es por eso me fusilan
el martes por la mañana.
[¡Viva Cristo Rey!]
The Juke box goes on, buddies!
Comemoram-se este ano 80 anos sobre a perseguição religiosa que no México levou ao levantamento popular que originaria o acontecimento histórico conhecido como a Guerra Cristera. Nos próximos dias escreverei sobre ela. Até lá um cheirinho..., na voz vibrante de Vicente Fernández.
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El martes me fusilan
a las seis de la mañana
Por creer en Dios eterno
Y en la gran Guadalupana.
Me encontraron una estampa
de Jesús en el sombrero;
Por eso me sentenciaron,
porque yo soy un cristero.
Es por eso me fusilan
el martes por la mañana;
Matarán mi cuerpo inútil
pero nunca, nunca mi alma.
Yo les digo a mis verdugos
que quiero me crucifiquen,
Y una vez crucificado
entonces usen sus rifles.
Adiós sierras de Jalisco,
Michoacán y Guanajuato,
Donde combatí al gobierno,
que siempre salio corriendo.
Me agarraron de rodillas
adorando a Jesucristo;
Sabían que no había defensa
en ese santo recinto.
Soy labriego por herencia,
Jalisciense de naciencia;
No tengo más dios que Cristo
porque me dio la existencia.
Con matarme no se acaba
la creencia en Dios eterno.
Muchos quedan en la lucha
y otros que vienen naciendo.
Es por eso me fusilan
el martes por la mañana.
[¡Viva Cristo Rey!]
The Juke box goes on, buddies!
quarta-feira, agosto 09, 2006
Pré-Pessoa...O Poeta da Pátria e do Povo
terça-feira, agosto 01, 2006
É o que apetece...
A minha alma chora pela dor, pela desesperança, pela angústia de todas os olhares aterrados de todas as crianças que sofrem neste mundo imundo, injusto, cobarde, de conselheiros Acácios e prebostes dos Infernos.
Doi-me o coração pela insensibilidade míope de quem só olha por um olho, cerrando o outro para não ver. Apetece-me gritar ao vento, pela cumplicidade complacente e cobarde de quem devia denunciar e comodamente se cala.Quero rir-me do ridículo de quem dá nota patética do controlo ilegítimo e ilegal de gente que não pensa como eles sem rebuço nem remorso; como se por passe de mágica se conseguisse fazer crer que esse é o problema fundamental do país ou do mundo. Basta! de bigbrotherismo . Basta de acefalismo político! Basta de olhar para o lado!Basta de hipocrisia...
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Doi-me o coração pela insensibilidade míope de quem só olha por um olho, cerrando o outro para não ver. Apetece-me gritar ao vento, pela cumplicidade complacente e cobarde de quem devia denunciar e comodamente se cala.Quero rir-me do ridículo de quem dá nota patética do controlo ilegítimo e ilegal de gente que não pensa como eles sem rebuço nem remorso; como se por passe de mágica se conseguisse fazer crer que esse é o problema fundamental do país ou do mundo. Basta! de bigbrotherismo . Basta de acefalismo político! Basta de olhar para o lado!Basta de hipocrisia...
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O problema da História e da Verdade
Em acréscimo ao texto do Saraiva postado pelo Manel Azinhal, permito-me complementar com a citação de um insuspeito Eric Blair:
Começa a ouvir-se dizer que a maior parte da História registada é mentira; de facto, sinto-me inclinado a acreditar que a História, na sua maior parte, se apresenta inexacta e tendenciosa. Efectivamente, tornou-se peculiar aos tempos que correm o abandono da ideia de que a História pode ser escrita com Verdade. No passado, as pessoas mentiam deliberadamente ou coloriam inconscientemente aquilo que escreviam, tendo subjacente a verdade pela qual lutavam, sabendo que cometiam bastantes erros e omissões. Mas no fundo, faziam-no, tendo consciente que os factos reais existiam e que era possível descobri-los. E, em termos práticos, havia sempre um conjunto factual com a qual quase todos estavam de acordo. É justamente essa consensual base comum, concomitante ao facto de os seres humanos serem uma espécie animal única, que os totalitarismos e fundamentalismos procuram destruir. O desígnio motivador desta forma de pensar é um mundo em que o Chefe, ou uma qualquer nomenklatura dirigente, possa supervisionar não apenas o presente mas também o registo do passado. Esta prespectiva assusta-me muito mais do que as bombas. E depois das nossas experiências dos últimos anos, fácil é perceber que esta não é uma afirmação gratuita.
GEORGE ORWELL, 1942
Começa a ouvir-se dizer que a maior parte da História registada é mentira; de facto, sinto-me inclinado a acreditar que a História, na sua maior parte, se apresenta inexacta e tendenciosa. Efectivamente, tornou-se peculiar aos tempos que correm o abandono da ideia de que a História pode ser escrita com Verdade. No passado, as pessoas mentiam deliberadamente ou coloriam inconscientemente aquilo que escreviam, tendo subjacente a verdade pela qual lutavam, sabendo que cometiam bastantes erros e omissões. Mas no fundo, faziam-no, tendo consciente que os factos reais existiam e que era possível descobri-los. E, em termos práticos, havia sempre um conjunto factual com a qual quase todos estavam de acordo. É justamente essa consensual base comum, concomitante ao facto de os seres humanos serem uma espécie animal única, que os totalitarismos e fundamentalismos procuram destruir. O desígnio motivador desta forma de pensar é um mundo em que o Chefe, ou uma qualquer nomenklatura dirigente, possa supervisionar não apenas o presente mas também o registo do passado. Esta prespectiva assusta-me muito mais do que as bombas. E depois das nossas experiências dos últimos anos, fácil é perceber que esta não é uma afirmação gratuita.
GEORGE ORWELL, 1942
sexta-feira, julho 28, 2006
A aventura do siô Jacó
Quando eu era pequeno minha avó contava-me pequenas histórias e fábulas. Nem todas tinham um final feliz o que me fazia, por vezes, chorar. Para além da história da carochinha que muitos sabem de cor, mesmo na versão do ratão Hamas a cair no caldeirão (merecidamente, pelo atrevimento, ora essa!), minha avó contava-me outra, igualmente triste, igualmente trágica. Ei-la:
Era uma vez um senhor chamado Jacó que vivia afanosamente num vetusto prédio, banhado pelo Sol e refrescado pela Lua. Nesse espaço colectivo, degradado pela incúria de sucessivos proprietários absentistas, viviam também o senhor Abdullah e os seus primos Fareed e Ibrahim. Na cave, sub-alugada pelo senhor Zacaria, dormia ocasionalmente Michel Hadad. Uns residentes trabalhavam no comércio, outros na agricultura e alguns (poucos) nas pequenas indústrias que se iam instalando aqui e acolá.
E um dia o senhor Jacó recebeu um aflitivo telegrama de uma prima que lhe relatava, em breves mas dramáticas palavras, a perseguição que toda a parentela estava a sofrer na terra longínqua em que há muito viviam. Tinham que fugir urgentemente e queriam saber se podiam contar com o parente para os acolher. Jacó pensou, pensou e respondeu que sim; que lhe dessem algum tempo...
Interiorizando o atávico apelo familiar, Jacó assumido descendente de gerações de antigos proprietários do imóvel, provavelmente os seus construtores, idealizou um plano para arranjar espaço para a família em aflição.
Um belo dia em que se cruzou sob uma palmeira com Ibrahim, deixou cair, como quem tem relutância em dizer tudo, que talvez fosse melhor o vizinho andar de olho em Hadad porque lhe tinham dito que este parecia andar a rondar a sua filha Aisha com propósitos inconfessáveis. Acrescentou, é claro, que, provavelmente, tudo não passaria de um boato de gente maledicente. Ibrahim espumou de raiva e, na primeira oportunidade, confrontou Hadad que lhe retorquiu incrédulo e mal-disposto que não estava para lhe aturar insolências e que o melhor era ele ver o que se passava com Mohamed, filho de Fareed. Instalada a intriga, as famílias rapidamente hiperbolizaram a desconfiança e as disputas e os confrontos verbais e físicos tornaram-se habituais. Jacó, com risinho misantrópico, mandou a mulher apresentar queixa na Polícia contra os vizinhos que estavam a tornar a sua vida insuportável. E queixou-se igualmente ao senhorio... Preocupado com a visibilidade que o assunto estava a dar ao prédio, Zacaria disse a Hadad que tinha que ir-se porque ele não tinha contratualmente o direito de sub-alugar. Mas antes que Zacaria visse a sua determinação executada, por denúncia de Jacó, já o senhorio estava ao corrente da situação e rescindiu o contrato com Zacaria dando-lhe ordem de despejo. Jacó, através da aproximação ao senhorio e prometendo-lhe uma renda maior, alugou o espaço devoluto e mandou vir o primo Ytzak e a família.
Passado algum tempo, também Ytzak apresentou queixa ao senhorio sobre o comportamento indesejável dos outros inquilinos. Com Jacó tu-cá-tu-lá com o senhorio, a quem prometia rendas mais elevadas se este lhe alugasse os outros apartamentos, o processo foi rápido e contou com a conivência e colaboração da Polícia que, pela força bruta, despejou do prédio os Fareed, os Abdullah e todos os seus parentes e amigos.
Revoltados, resolveram acampar em frente do prédio, inicialmente como forma de protesto. Como os recém chegados primos e amigos de Jacó tivessem tomado conta de toda a economia local, para sobreviver, muitas mulheres tiveram que ir trabalhar a dias paras as casas em que antes habitavam. Nas suas brincadeiras infantis, os seus filhos carregavam o ódio e aversão aos que haviam ocupado o prédio em que antes as suas famílias haviam vivido e, por vezes, apedrejavam os filhos dos actuais inquilinos que respondiam com tiros de caçadeira invocando o direito de resposta e de defesa. Mercê da vocação (e poder) empreendedor dos seus novos residentes o prédio havia adquirido um novo look, tornara-se mais apresentável e tinha mesmo um heliporto no telhado. Pela gestão de influências, pela firme e contundente forma como respondiam às invectivas dos anteriores residentes foram ficando. Invocando o usocapião, assumiram a posse efectiva de tal forma que o proprietário se viu obrigado a deixar-lhes o prédio em herança... Consolidados nessa posse, ainda hoje manifestam surpresa e indignação por terem de continuar a defender-se das pedradas dos filhos e netos de Abdullah e seus amigos.
Era uma vez um senhor chamado Jacó que vivia afanosamente num vetusto prédio, banhado pelo Sol e refrescado pela Lua. Nesse espaço colectivo, degradado pela incúria de sucessivos proprietários absentistas, viviam também o senhor Abdullah e os seus primos Fareed e Ibrahim. Na cave, sub-alugada pelo senhor Zacaria, dormia ocasionalmente Michel Hadad. Uns residentes trabalhavam no comércio, outros na agricultura e alguns (poucos) nas pequenas indústrias que se iam instalando aqui e acolá.
E um dia o senhor Jacó recebeu um aflitivo telegrama de uma prima que lhe relatava, em breves mas dramáticas palavras, a perseguição que toda a parentela estava a sofrer na terra longínqua em que há muito viviam. Tinham que fugir urgentemente e queriam saber se podiam contar com o parente para os acolher. Jacó pensou, pensou e respondeu que sim; que lhe dessem algum tempo...
Interiorizando o atávico apelo familiar, Jacó assumido descendente de gerações de antigos proprietários do imóvel, provavelmente os seus construtores, idealizou um plano para arranjar espaço para a família em aflição.
Um belo dia em que se cruzou sob uma palmeira com Ibrahim, deixou cair, como quem tem relutância em dizer tudo, que talvez fosse melhor o vizinho andar de olho em Hadad porque lhe tinham dito que este parecia andar a rondar a sua filha Aisha com propósitos inconfessáveis. Acrescentou, é claro, que, provavelmente, tudo não passaria de um boato de gente maledicente. Ibrahim espumou de raiva e, na primeira oportunidade, confrontou Hadad que lhe retorquiu incrédulo e mal-disposto que não estava para lhe aturar insolências e que o melhor era ele ver o que se passava com Mohamed, filho de Fareed. Instalada a intriga, as famílias rapidamente hiperbolizaram a desconfiança e as disputas e os confrontos verbais e físicos tornaram-se habituais. Jacó, com risinho misantrópico, mandou a mulher apresentar queixa na Polícia contra os vizinhos que estavam a tornar a sua vida insuportável. E queixou-se igualmente ao senhorio... Preocupado com a visibilidade que o assunto estava a dar ao prédio, Zacaria disse a Hadad que tinha que ir-se porque ele não tinha contratualmente o direito de sub-alugar. Mas antes que Zacaria visse a sua determinação executada, por denúncia de Jacó, já o senhorio estava ao corrente da situação e rescindiu o contrato com Zacaria dando-lhe ordem de despejo. Jacó, através da aproximação ao senhorio e prometendo-lhe uma renda maior, alugou o espaço devoluto e mandou vir o primo Ytzak e a família.
Passado algum tempo, também Ytzak apresentou queixa ao senhorio sobre o comportamento indesejável dos outros inquilinos. Com Jacó tu-cá-tu-lá com o senhorio, a quem prometia rendas mais elevadas se este lhe alugasse os outros apartamentos, o processo foi rápido e contou com a conivência e colaboração da Polícia que, pela força bruta, despejou do prédio os Fareed, os Abdullah e todos os seus parentes e amigos.
Revoltados, resolveram acampar em frente do prédio, inicialmente como forma de protesto. Como os recém chegados primos e amigos de Jacó tivessem tomado conta de toda a economia local, para sobreviver, muitas mulheres tiveram que ir trabalhar a dias paras as casas em que antes habitavam. Nas suas brincadeiras infantis, os seus filhos carregavam o ódio e aversão aos que haviam ocupado o prédio em que antes as suas famílias haviam vivido e, por vezes, apedrejavam os filhos dos actuais inquilinos que respondiam com tiros de caçadeira invocando o direito de resposta e de defesa. Mercê da vocação (e poder) empreendedor dos seus novos residentes o prédio havia adquirido um novo look, tornara-se mais apresentável e tinha mesmo um heliporto no telhado. Pela gestão de influências, pela firme e contundente forma como respondiam às invectivas dos anteriores residentes foram ficando. Invocando o usocapião, assumiram a posse efectiva de tal forma que o proprietário se viu obrigado a deixar-lhes o prédio em herança... Consolidados nessa posse, ainda hoje manifestam surpresa e indignação por terem de continuar a defender-se das pedradas dos filhos e netos de Abdullah e seus amigos.
terça-feira, julho 25, 2006
quinta-feira, julho 20, 2006
terça-feira, julho 18, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
Zapatea meu bem, zapatea... que não nos roubarás a História
Exactamente 70 anos atrás, são 16h23.
Chefiado pelo Sargento Joaquim Sousa Oliveira, um pequeno destacamento do Tercio, penetra no pátio da Alcazaba (onde tinha sede a Comissão Geográfica de Limites, em Melilha-a-velha) e tem na sua mira o Tenente Zaro, dos Serviços de Informação e Segurança, onze Guardias de Asalto e quatro polícias. Alertados por um bufo, tinham vindo proceder a um busca nas instalações, por ordem do delegado do Governo em Melilha. Aí se encontravam reunidos os T./Cor. Seguí, Bartomeu, Gazapo, Zanón, Medrano, dois capitães da Guardia Civil, vários tenentes e alguns falangistas. Um dos tenentes, o legionário, Júlio de la Torre, perante o aparecimento de Zaro, conseguiu escapulir-se sorrateiramente e, por telefone, ligou para o vizinho quartel da Legião, solicitando ajuda.
Seguí, tinha sido juntamente com Franco, em Tenerife, e Sanjurjo, em Lisboa, um dos destinatários do telegrama cifrado que, desde Bayonne, Félix Maíz, às ordens de Mola, El Director,tinha enviado às 7h15 da manhã do dia 17 a anunciar a sublevação para as 00h00 desse dia. Preventivamente, alguns tabores de Regulares haviam sido trazidos para os arredores de Melilha no dia anterior.
Às 16h32, os conjurados que sabem contar em Melilha com menos de uma centena de soldados de confiança convocam por telefone as guarnições da Legião e dos Regulares da região que rapidamente se lançam sobre a vila e a dominam.
Resistência só a houve na Base de hidroviões de Atalayón, onde cairam as primeiras vítimas da GCE, dois soldados de Regulares. A resistência cessou quando o tabor do Major Mohammed El Mizzian se incorporou no ataque e pelas 18h30 tudo estava terminado.
Os radiotelegrafistas de Marrocos quase todos afectos à Frente Popular rapidamente haviam difundido as notícias da sublevação vitoriosa. Em Madrid, apesar dos esforços de Casares Quiroga para esconder os factos e anestesiar a opinião pública, as células da maçónica UMRA tomam a iniciativa e posicionam-se nos pontos críticos do Poder militar. Da mesma forma procede a Generalitat, na posse de preciosa informação sobre os cabecilhas dos conjurados.
Tudo se prepara para o dia seguinte.
Às 21h00, Melilha está ocupada e tranquila e os sublevados são secundados em todo o lado pelas populações civis e pelas autoridades marroquinas.
Afinal, contrariamente ao que pensava La Pasionária,os carneiros não se resignavam a morrer em Holocausto...
Chefiado pelo Sargento Joaquim Sousa Oliveira, um pequeno destacamento do Tercio, penetra no pátio da Alcazaba (onde tinha sede a Comissão Geográfica de Limites, em Melilha-a-velha) e tem na sua mira o Tenente Zaro, dos Serviços de Informação e Segurança, onze Guardias de Asalto e quatro polícias. Alertados por um bufo, tinham vindo proceder a um busca nas instalações, por ordem do delegado do Governo em Melilha. Aí se encontravam reunidos os T./Cor. Seguí, Bartomeu, Gazapo, Zanón, Medrano, dois capitães da Guardia Civil, vários tenentes e alguns falangistas. Um dos tenentes, o legionário, Júlio de la Torre, perante o aparecimento de Zaro, conseguiu escapulir-se sorrateiramente e, por telefone, ligou para o vizinho quartel da Legião, solicitando ajuda.
Seguí, tinha sido juntamente com Franco, em Tenerife, e Sanjurjo, em Lisboa, um dos destinatários do telegrama cifrado que, desde Bayonne, Félix Maíz, às ordens de Mola, El Director,tinha enviado às 7h15 da manhã do dia 17 a anunciar a sublevação para as 00h00 desse dia. Preventivamente, alguns tabores de Regulares haviam sido trazidos para os arredores de Melilha no dia anterior.
Às 16h32, os conjurados que sabem contar em Melilha com menos de uma centena de soldados de confiança convocam por telefone as guarnições da Legião e dos Regulares da região que rapidamente se lançam sobre a vila e a dominam.
Resistência só a houve na Base de hidroviões de Atalayón, onde cairam as primeiras vítimas da GCE, dois soldados de Regulares. A resistência cessou quando o tabor do Major Mohammed El Mizzian se incorporou no ataque e pelas 18h30 tudo estava terminado.
Os radiotelegrafistas de Marrocos quase todos afectos à Frente Popular rapidamente haviam difundido as notícias da sublevação vitoriosa. Em Madrid, apesar dos esforços de Casares Quiroga para esconder os factos e anestesiar a opinião pública, as células da maçónica UMRA tomam a iniciativa e posicionam-se nos pontos críticos do Poder militar. Da mesma forma procede a Generalitat, na posse de preciosa informação sobre os cabecilhas dos conjurados.
Tudo se prepara para o dia seguinte.
Às 21h00, Melilha está ocupada e tranquila e os sublevados são secundados em todo o lado pelas populações civis e pelas autoridades marroquinas.
Afinal, contrariamente ao que pensava La Pasionária,os carneiros não se resignavam a morrer em Holocausto...
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