segunda-feira, maio 22, 2006

Mais uma achega para a transparente biografia do Senza Paura


Perdoem-me o facto de ser um post repetido; mas quero continuar a contribuir para o peditório...

Quem havia de dizer; segundo Jesus Suevos, Humberto Delgado, dotado de grande ambição, pouca paciência e menos prudência, era o fascista mais avançado que conheceu em Portugal...

Era então dirigente da Legião Portuguesa o jovem e muito inteligente Costa Leite (Lumbrales) que foi depois muitos anos Ministro da Presidência de Salazar. Fomos ele e eu os oradores de um sonante acto público em plena Lisboa. Porém, poucos dias depois, num banquete que a Legião dedicou aos espanhóis, no Casino do Estoril, não tendo Costa Leite podido comparecer por motivo de um afazer inesperado, ofereceu em seu lugar o banquete um capitão da Aviação, comissário da Mocidade Portuguesa, que se chamava Humberto Delgado. Almoçámos, pois, juntos e, como seria natural, falámos todo o tempo de política. O então capitão Delgado era um homem entre os trinta e cinco e os quarenta anos, muito moreno, corpulento e com uma enorme vitalidade. Expressava-se com grande veemência e pareceu-me pouco prudente, pois sem se encomendar a Deus nem ao diabo começou a dizer-me que achava o regime português “pouco fascista”. Confessou-me que admirava Mussolini e que lhe parecia necessário “endurecer” a Legião portuguesa e, sobretudo, a Mocidade. O agora chefe da oposição “democrática” ao Estado Novo edificado por Salazar cria que ainda havia demasiadas reminiscências liberais nas estruturas das instituições e fórmulas do novo regime, e advogava “maior força e severidade”.

Tradução de um artigo de Jesus Suevos, no Arriba de 29 de Janeiro de 1961

1 comentário:

Mendo Ramires disse...

De feroz fascista a idiota útil dos comunistas foi só um passinho de dança...
Bem-haja pelas interessantíssimas informações históricas.