Após um impulso inelutável que me levou a vomitar em catadupa um conjunto de músicas que fazem parte de um acervo que tenho conservado e tratado, resolvi mudar de agulha e parar. Abro uma excepção, contudo: as Quatro Padroeiras. Se o ímpeto inicial resultou de uma vontade de partilhar o espólio (que espero que cada um divulgue no seu espaço de influência para que não se perca e alimente a chama), progressivamente fui-me dando conta de que a análise estatística dos acessos me permitiria fazer um pequeno estudo de natureza para-sociológica. Se o Ressurreição foi escutado (e descarregado, espero) cerca de 300 vezes, seguido pelo Requiem por Jan Palach, com 165, as canções, daquilo que poderemos designar por Cancioneiro da Resistência ao PREC, como o Senhor Capitão por exemplo, pouco ultrapassaram a meia-centena, com excepção do Quem não viria de arma na mão (será o carácter bélico do título ?) com 85. Se o Angola é nossa chegou aos 100, todas as outras canções, suportadas por belíssimos e significativos poemas, do que poderia ser um Cancioneiro da Revolta do Ocidente contra a dominação esquerdista, mal atingiram os 50. Qual o significado disto ? Desinformação ou desinteresse geracional ? Desconhecimento afectivo e racional pelos combates contra a dominação comunista que julgam ter acabado com a queda do Muro ? Não sei, ao certo, quais as causas mas seria interessante debatê-las porque tal como uma Nação, uma geração que ignora o Passado nunca terá Futuro!
Importa compreender que o único combate possível é aquele que nos permite usar toda a panóplia de canais de comunicação para que divulguemos o nosso pensamento e o nosso ideário. É do combate cultural que falo; o político está, ab initio , condenado ao fracasso pois pretende lutar contra um adversário que é simultaneamente contendedor e árbitro.
Tornam-se cada vez mais evidentes, as abstrusas ligações entre altos responsáveis do Estado e alguns lobbies capazes de movimentar grandes quantidades de dinheiro como o são a construção civil, os fabricantes e distribuidores de medicamentos, os negociantes de armamento, o mundo do desporto profissional, algumas enigmáticas e pseudo-filantrópicas sociedades e Fundações, etc.. As relações entre estes grupos evoluem geralmente em espiral, aumentando o seu Poder potencial através da simples regra do coça as minhas costas que eu coçarei as tuas. E, amiúde, quer o mundo do espectáculo quer o da comunicação social, muitas vezes propriedade sua, ou sob o seu controlo, são usados para denunciar ou para esconder, para desgastar ou promover, para condenar ou incensar os adversários ou os membros afectos ao círculo, respectivamente.
Por isso, quem está de fora tem de saber surfar a onda , cavalgar o tigre, para poder aspirar a levar a água ao moinho.
Saibamos acabar com o mitificado monopólio da Esquerda sobre a Cultura.
quarta-feira, março 08, 2006
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7 comentários:
Caríssimo, peço-te que instales um contador de acessos www.sitemeter.com
É importante! Tem que ser sitemeter...
Faz-me só esta vontade, mesmo que não ganhes o céu a minha gratidão fica garantida.
Eu sou um ignorante nestas coisas... como se faz o download das músicas??
Padraig
O meu gaélico não é suficiente para lhe responder convenientemente. Recebi o seu email mas não pude enviar o ficheiro devido à dimensão. Contudo, quando ouve as músicas elas são descarregadas para o seu PC, na pasta TEMP da Internet ou equivalente. A partir daí pode usá-los como entender, inclusivamente gravar CD's (partindo do princípio de que há uma autorização implícita dos proprietários dos direitos morais)
Esta dinâmica não pode parar!
Permita-me acrescentar uma sugestão à do Manuel Azinhal: alargue o número das ligações (mesmo que não sejam todas tão interessantes...), aí na coluna da direita, para a "Rede" ir crescendo...
Volto aqui para registar o facto do «Ressurreição» ter sido descarregado 300 vezes, pois é exactamente esse o número de Nacionalistas que se sabe andarem diariamente pela blogosfera, embora os "nossos" blogues de qualidade não cheguem sequer à meia centena.
(Já descontei, no n.º de leitores, os 'infiltrados' — provocadores e informadores).
Desisto, fico à espera que o Nonas grave =)
Já está, só consegui fazer isso no trabalho, o meu pc doméstico está caótico com definições de segurança e não armazena nada (tenho tido problemas com "ácaros" internéticos devido a algumas páginas que fiz anteriormente).
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